Avaliação da prevalência e do perfil de virulência de Candida spp. bucais isoladas de pacientes portadores de doença periodontal e diabetes tipo 2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pontes, Cristiano Silva
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/3794912118920510
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas - Fundação Oswaldo Cruz
Faculdade de Ciências Farmacêuticas
Brasil
UFAM - FIOCRUZ
Programa de Pós-graduação em Saúde, Sociedade e Endemias na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5546
Resumo: Leveduras do gênero Candida são habitantes comuns da cavidade bucal e podem causar infecção em imunocomprometidos como em Diabéticos. As leveduras podem ser isoladas de bolsa periodontal desses pacientes e originar um quadro de superinfecção. O objetivo deste trabalho foi avaliar a frequência e o perfil de virulência quanto à capacidade de aderência e atividade enzimática de proteinase e fosfolipase de Candida spp. isoladas da periodontite de pacientes diabéticos atendidos no Centro de Especialidades Odontológicas da Universidade do Estado do Amazonas (CEO-UEA). Foram coletadas amostras de bolsas periodontais de 30 pacientes diabéticos e situações variáveis de controle glicêmico e 30 pacientes sem diabetes. As amostras foram coletadas com ajuda de swabs e pontas de papel absorvente, e semeados em placas de Petri contendo ágar- Sabouraud dextrose com cloranfenicol e incubadas à 37°C. Os isolados de Candida foram identificados pelas provas clássicas usadas em micologia e submetidas a provas de capacidade de aderência e à atividade de fosfolipase e proteinase. Foram encontradas leveduras em 26,7% dos pacientes. A média de idade dos pacientes do grupo caso e controle foram 56 e 50 anos, respectivamente, havendo diferença significativa entre os grupos (p=0,026). Doze indivíduos com diabetes (40%) e quatro pacientes nãodiabéticos (13,3%) apresentaram espécies de Candida, respectivamente, havendo diferença significativa (p=0,041) entre os grupos. O maior número de isolados de diabéticos corresponderam a C. albicans (23,3%), seguido de C. krusei (6,7%), C. tropicalis (6,7%) e C. glabrata (3,3%). No grupo controle a maior prevalência também foi de C. albicans (6,7%) seguido de C. krusei (3,3%), C. tropicalis (3,3%). Indivíduos diabéticos com glicemia e hemoglobina glicada elevadas apresentaram uma percentagem significativamente mais elevada de leveduras nas bolsas periodontais (p˂0,05) que indivíduos não diabéticos. Candida albicans e C. tropicalis desenvolveram aderência e atividade de proteinase e fosfolipase nos dois grupos testados, não havendo diferença estatística entre os grupos (p=0,269). Candida krusei apresentou fraca aderência e atividade de proteinase somente no grupo dos diabéticos, e C. glabrata isolada de diabéticos apresentou fraca aderência. As cepas de Candida albicans e não-albicans desenvolveram fatores de virulência sugerindo que a imunossupressão, idade e descontrole glicêmico de pacientes diabéticos podem contribuir para a colonização de leveduras nas bolsas periodontais e consequente progressão da doença periodontal.