Caracterização da infecção pelos vírus da hepatite B e D em plasma e tecido hepático de portadores crônicos
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas Brasil UFAM Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6722 |
Resumo: | O vírus da hepatite B (VHB) é responsável por um grave problema de saúde pública mundial, sendo que o problema torna-se ainda maior quando ocorre coinfecção ou superinfecção com o vírus D (VHD). Estima-se que das 240 milhões de pessoas no mundo portadoras crônicas de infecção pelo VHB, 15 milhões são portadoras de infecção pelo VHD. Algumas regiões da Bacia Amazônica, particularmente o Estado do Amazonas são consideradas áreas endêmicas de infecção por esses vírus. O VHD é classificado em oito diferentes tipos (VHD-1-VHD-8) e o VHB em dez (A-J). Sendo assim, esta pesquisa tem como objetivo, caracterizar os genótipos do vírus da hepatite B e D no plasma e tecido hepático e investigar possível associação dos genótipos com a evolução da doença. Foram analisadas amostras de plasma e de tecido hepático de pacientes portadores crônicos HBsAg reativos coinfectados com o VHD. Foi realizada a quantificação da carga viral do VHD no plasma por PCR em tempo real; amplificação do DNA-VHB e RNA-VHD por PCR convencional; sequenciamento direto de ambos os vírus; análise filogenética e pesquisa de mutações de resistência na rt do VHB. Como resultados, foram incluídos no estudo um total de 30 pacientes HBsAg e Anti-HD Total reativos, todos procedentes do Estado do Amazonas. Destes, 9/30 tinham simultaneamente amostras de plasma e tecido hepático. O RNA-VHD foi detectado em 13/30 (46,67%) e o DNA-VHB em 11/30 (36,67%). Das 09 amostras de plasma e tecido hepático o RNA-VHD foi detectado em 02/9 (22,27%) e o DNA-VHB em 08/9 (88,89%). Das 30 amostras de plasma submetidas a quantificação do RNA VHD, obteve-se a carga viral de 13/30 (46,67%). Também analisamos as 9 mostras de tecido hepático, obtendo-se a carga viral em 2/9 (22,27%). Na análise filogenética, todas as sequências de Delta agruparam-se no clado VHD3, já as de VHB, foram identificados os genótipos A 15/19 (78%), D 2/19 (11%) e F 2/19 (11%). Em relação à pesquisa de mutações de resistência à antivirais na rt-VHB, verificou-se que 3/11 (27%) e 05/08 (62%) sequencias isoladas do plasma e tecido hepático, respectivamente, apresentavam mutações de resistência. Conclusões: foi detectado três genótipos do VHB A, D e F, independente do material de origem; todos os extraídos de delta foram exclusivamente VHD-3; a carga viral do vírus delta, foi maior nos extraídos de tecido hepático; quanto ao perfil de mutações de resistência, foi detectado um percentual elevado de mutações na região da polimerase do VHB, principalmente nas sequências isoladas do tecido hepático. Por fim, o perfil dos genótipos do VHB e VHD encontrados no estudo reflete o mesmo padrão encontrado na região por outros autores |