Caracterização metalogênica da Jazida Aurífera Satinoco, Conceição do Pará/MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Riveros, Andrés Hernando Zárate
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/3563467327208413
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Geociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4260
Resumo: Na região de Pitangui extremo NW do Quadrilátero Ferrífero (MG), afloram rochas metavulcanossedimentares, características de uma sequência tipo greenstone belt contidas no Grupo Nova Lima (Supergrupo Rio das Velhas), as quais hospedam a jazida aurífera Satinoco. Análises de petrografia convencional e MEV, da rocha encaixante, de zonas de alteração hidrotermal, da rocha mineralizada, assim como, análises químicas pontuais em piroxênio, granada, anfibólios, feldspatos, clorita e sulfetos foram realizadas para caracterizar a evolução metalogenética dos processos mineralizantes em Satinoco e determinar as condições de equilíbrio durante o pico metamórfico e do retrometamorfismo. A paragênese do pico metamórfico está marcada pelas associações minerais almandina ± biotita ± grunerita-cummingtonita ± hornblenda, hornblenda ± plagioclásio. A associação mineral revelou evidências de metamorfismo em condições de fácies anfibolito, com temperatura do pico metamórfico de 663 oC até 717oC (Geotermômetro plagioclásio – anfibólio) e pressão em aproximadamente 9 Kbares (Al-Anfibólio). Eventos tectonometamórficos geraram duas foliações: Sn dominante e Sn+1 de crenulação e ativação de estruturas transcorrentes transpressivas. A estas estruturas, foram vinculados processos hidrotermais e de mineração polimetálica de tipo orogenético que gerou a deposição do minério aurífero Satinoco. O minério forma corpos descontínuos dispostos em zona de cisalhamento transpressiva com atitude 306°-315° / 45°-60°NE. A mineralização em Satinoco se dispõe estratigraficamente dentro das sequências basais do Grupo Nova Lima, estruturalmente controlada na direção NW-SE, hospedado em metamáficas-ultramáficas na base e mica-anfibólio xisto no topo, e associada a zonas de alteração hidrotermal. Minerais derivados da interação fluido - rocha encaixante foram associados a processos de silicificação, sulfetação e cloritização, epidotização, carbonatação, sericitização e uralitização. Tais efeitos se distribuem espacialmente paralelos à deformação vinculada à zona de cisalhamento. A gênese do minério aurífero se relaciona a dois pulsos de fluidos mineralizantes: i) sulfetos de Fe, As, Cu, Zn, Pb, e ii) uma segunda geração de sulfetos de Fe, As, Au, Cu. Segundo as características de composição da clorita, está se formou em temperatura variando entre 390 oC e 457 oC. Estas temperaturas seriam indicativas das condições de equilíbrio químico durante o metamorfismo retrógrado que atingiu a fácies metamórfica xisto verde, e das condições nas que atuaram os processos hidrotermais derivados da percolação de fluidos durante a gênese do minério. Postulamos que a jazida aurífera em Satinoco tem características metalogenéticas de tipo epigenética, similares às dos depósitos tipo orogenic gold, comparáveis às feições metalogenéticas de outros depósitos explorados no Quadrilátero Ferrífero, de grande porte.