Produção de biomassa, teor, rendimento e composição química do óleo essencial de pimenta-de-macaco (piper aduncum l.) em função de espaçamentos e épocas de corte, nas condições de Manaus AM.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Silva, Antonia Lima da
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/5334446234700535
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias
BR
UFAM
Programa de Pós-graduação em Agronomia Tropical
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2727
Resumo: A pimenta-de-macaco (Piper aduncum L.) é uma espécie usada na medicina popular em quase todo o Brasil, onde são empregadas suas folhas, inflorescências e raízes, apresentando alto teor de óleo essencial (2,5 a 4%) rico em dilapiol. O óleo essencial é utilizado em vários setores da indústria farmacêutica, química de cosméticos, além de outros. Aperfeiçoar a produção do óleo essencial com a produção agronômica requer estudos de técnicas de propagação, adubação, espaçamentos, época de corte, secagem, etc., sempre associando essa resposta produtiva com o perfil químico destas espécies que produzem óleo essencial. Em função disso, objetivou-se contribuir para um sistema de produção agronômica, visando o cultivo da espécie Piper aduncum L. Piperaceae, nas condições de Manaus AM. O experimento foi conduzido na área experimental da Embrapa Amazônia Ocidental e constituiu-se de um delineamento experimental de blocos casualizados com sete espaçamentos (0,5 m x 0,5 m; 1,0 m x 0,5 m; 1,0 m x 1,0 m; 1,5 m x 1,0 m; 1,5 m x 1,5 m; 2,0 m x 1,5 m e 2,0 m x 2,0 m), três épocas de corte (C1 - 6 meses após transplantio; C2 -rebroto de C1 aos 6 meses; C3 - rebroto de C2 aos 6 meses) e quatro repetições. Os dados obtidos foram transformados para Kg/ha. As mudas foram provenientes de sementes da população natural área de Coleção de Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares da Embrapa Amazônia Ocidental. Duas amostras de 20,0 g de cada componente da planta foram colocadas em estufa a 65C, para obtenção da matéria seca. O teor de óleo essencial foi obtido através de Aparelho Tipo Clevenger, com duas amostras de 100,0 g de material fresco para folhas e a composição química foi realizada através de análise por cromatografia em fase gasosa acoplada à espectrometria de massa. A altura das plantas não apresentou interação significativa entre os espaçamentos e épocas de corte. Para produção de folhas, os maiores valores foram verificados para o C2 até o espaçamento 1,0 m x 0,5 m. Os maiores valores apresentados na variável produção de caule foram verificados para o C2 e C3. A variável relação folha/caule apresentou resposta crescente no espaçamento de 1,5 m x 1,5 m. A produção de inflorescências/infrutescências só foi significativa para a interação em C2 e C3, enquanto a média para C1 situou-se em torno de 3,00 kg/ha. Não houve interação significativa para os tratamentos por ocasião do C1 para teor de óleo essencial, sendo o maior em C2, decrescendo a partir do espaçamento 1,5 m x 1,5 m. Para a variável de produção de óleo essencial o C2 foi superior aos demais cortes, mostrando um pico de produção no espaçamento 1,5 m x 1,0 m. O óleo essencial de folhas de pimenta-de-macaco apresentou os seguintes constituintes: miristicina, beta-cariofileno, cis-ocimeno, trans-ocimeno, mirceno e dilapiol, sendo este último, o componente majoritário desta população, com teores acima de 80%, ficando os demais em torno de 1 a 2,4%. Portanto, a pimenta-de-macaco deve ser cultivada no espaçamento entre 1,0 m x 1,0 m a 1,0 m x 1,5 m aos 12 meses de idade de vida no campo, tendo realizado um corte aos 6 meses de vida para se obter o maior rendimento de óleo essencial.