Posições de sujeito da mulher e do homem em textos de sedução e conquista: Machado De Assis, Playboy e os blogs masculinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Alves, Thaise Silva Ferro Gomes
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/6374125502431498
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Letras
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5960
Resumo: Ao longo de dois séculos o papel da mulher na sociedade foi mudando consideravelmente e permanece em mudança até os dias de hoje. No entanto as concepções de mulher como objeto de conquista masculina no século XXI parecem ocupar os mesmos lugares mesmo após os movimentos feministas instaurados no final do século XIX e início do século XX. Com isso, este presente trabalho tem como objetivo geral analisar as posições sujeitos que se entrecruzam em manuais de sedução; como objetivos específicos, observar como as significações dessas posições femininas (re) significam as posições sujeito masculinas e perceber nas significações femininas posições discursivas do sujeito feminino como objeto de conquista desde os movimentos feministas. Desta forma, usamos um recorte histórico que vai desde o século XIX, analisando a obra Queda que as mulheres têm para os tolos de Machado de Assis (1861), matérias que abordam o tema da sedução e conquista publicadas na Revista Playboy da década de 90 e manuais de técnicas de sedução publicados em blogs masculinos (atualidade). Para tanto, utilizou-se dos pressupostos teóricos metodológicos da Análise do Discurso francesa desenvolvidas por Michel Pêcheux. O que permitiu chegar às seguintes conclusões: a conquista é o lugar de disputa em que o sujeito masculino utiliza como espaço de autoafirmação da sua masculinidade; a mulher o objeto utilizado para esse fim, mesmo dada a sua emancipação, as posições sujeito que tendem a ocupar no discurso masculino é de inferioridade; a medida que o homem significa a mulher em seus discurso esse tende a se ressignificar com a imagem que tem do feminino e isso o leva sempre para o distanciamento da mulher, e, finalmente, a reflexão de que conhecer as estruturas que regulam as práticas de submissão e dominação deve possibilitar a desconstrução dos cânones dessa prática e possibilitar a instauração de novos paradigmas para a construção de relações igualitárias entre homens e mulheres.