Casas sagradas Aruak & Tukano: arquitetura clássica do noroeste amazônico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Oliveira, Almir de
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/7469948224589650
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras
BR
UFAM
Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2282
Resumo: As manifestações arquitetônicas dos povos autóctones no Brasil não encontram lugar na teoria e história da arquitetura brasileira, é como se não tivessem contribuição a oferecer, enquanto modelos de estabilidade, conforto e beleza; que é o que na verdade são. Ao percorrer algumas bacias hidrográficas da Amazônia, essa sempre foi uma questão que despertou meu interesse de arquiteto. Trabalhando com o patrimônio cultural junto ao Instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), aqui na Amazônia, indagava-me sobre essa lacuna na esfera de interesses do Ministério da Cultura. O rio Negro é locus da pesquisa que comecei a desenvolver com essas inquietações em mente. A princípio, era o patrimônio imaterial o objeto de interesse mais amplo, que logo foi direcionado para as casas-aldeias, habitações indígenas tradicionais dos povos de língua Aruak e Tukano, como foram descritas por etnólogos que se dedicaram ao estudo da cultura material. Os desdobramentos desses trabalhos, ao longo dos últimos sete anos, ampliaram a rede de parceiros. Como assessor do Instituto Socioambiental (ISA), organização não governamental, realizei atelieres de arquitetura, junto a comunidades indígenas, tendo como objeto as casas-aldeias no noroeste Amazônico: um atelier em 2005, entre os Tuyuka no alto rio Tiquié, tributário do rio Uaupés e outro atelier em Iauaretê A Cidade do Índio , em 2007 no Centro Cultural Tariano. Assumindo uma perspectiva etnográfica, elaboro narrativas desses eventos e desenvolvo uma abordagem, considerando temporalidades distintas para revelar o sentido das casas-aldeias na atualidade. A ótica do arquiteto perpassa pela teoria e história da arquitetura que permite pensar a produção do espaço e tempo; e o próprio sentido da arquitetura através dessas casas-aldeias que guardam em si uma visão de mundo.