Palinoestratigrafia e interpretação paleoambiental da formação Manacapuru, região de Presidente Figueiredo (AM), Lochkoviano da bacia do Amazonas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rocha, Patricia Ferreira
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/0001439581713969
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Geociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7072
Resumo: A Formação Manacapuru, Bacia do Amazonas, aflora às margens da rodovia federal BR-174 na região de Presidente Figueiredo, estado do Amazonas. Uma análise faciológica e palinológica foi realizada no local com o objetivo de contribuir com o entendimento do paleoambiente em que a unidade foi depositada, bem como seu posicionamento cronoestratigráfico. A análise faciológica levou em conta parâmetros como textura, granulometria e estruturas e permitiu o reconhecimento de 6 fácies predominantemente argilosas intercaladas a lentes arenosas, sendo elas: Argilito maciço, Folhelho, Arenito fino a muito fino com laminação plano-paralela, Arenito fino a muito fino com laminação ondulada, Arenito fino a muito fino com laminação cruzada swaley e Arenito fino a muito fino com laminação cruzada hummocky. Foi possível observar a presença de conteúdo macrofóssil associado à algumas litofácies descritas. Os processos relacionados as mesmas sugerem que a deposição se deu em uma região de offshore inserida em uma plataforma marinha de lâmina d’água rasa e constantemente influenciada por tempestade. Um total de 27 amostras foram coletadas para análises palinológicas e encaminhadas para processamento de acordo com procedimento padrão no Laboratório de Palinologia Marleni Marques Toigo, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O processamento se deu a partir de ataques ácidos à fração inorgânica da rocha. Os palinomorfos recuperados compreendem esporomorfos (representantes de fungos e esporos), matéria orgânica amorfa, escolecodonte, acritarcos e quitinozoários, sendo o último utilizado como ferramenta para fins bioestratigráficos. Os espécimes recuperados foram devidamente descritos e ilustrados. Os gêneros Ancyrochitina e Angochitina se destacam como os mais diversos. Foi possível identificar uma assembleia de idade Lochkoviana Inferior, atribuída à Formação Manacapuru Superior e cuja as espécies características são Angochitina filosa, Cingulochitina ervensis, Lagenochitina navicula e Pterochitina megavelata. Também foi possível identificar um intenso retrabalhamento na exposição, evidenciado pela presença de paleofaunas de idade Ludfordiana a Pridoliana, que pode estar associado aos constantes eventos de tempestade que atingiam a plataforma.