Discurso, corpo e resistência: um estudo de caso na unidade prisional feminino do regime semiaberto e aberto em Manaus
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Letras Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7361 |
Resumo: | A presente dissertação é composta por uma análise discursiva que externa os resultados de um estudo de caso que se ocupou da temática do universo prisional feminino na Unidade Prisional Feminino Semiaberto e Aberto – UPFSA, em Manaus /AM. Desse modo, o presente estudo teve por finalidade investigar os discursos das mulheres apenadas referente sua posição de sujeito enquanto mulher presa, e os sentidos que podem ser atribuídos ao sujeito que vivencia a segregação e a interdição em um sistema prisional, sendo observado como essas posições determinam a constituição do sujeito discursivo da resistência. O corpus da pesquisa foi constituído por excertos enunciadores de 10 mulheres, sendo que 05 cumprem pena em regime Semiaberto e 05 no Aberto na Unidade Prisional Feminina – UPFSA em Manaus/AM. Os subsídios teórico-metodológicos se deram a partir da mobilização dos conceitos da análise do discurso francesa materialista, como também da mobilização dos estudos de Foucault (2016) Pêcheux (2009) e Althusser (1998). A abordagem da metodologia utilizada foi qualitativa. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram o questionário de perfil e uma entrevista norteada por roteiro semiestrurado. A compreensão produzida pela análise dos dados permitiu afirmar que a posição da mulher presa é filiada ao discurso da mulher tradicional que passam por um processo de dessubjetivação na prisão adotando, uma nova conduta, que seja aceitável e aprovada socialmente, a fim de mostrar que por meio do trabalho e do estudo ocorre uma modificação de comportamento, de mulher infratora à trabalhadora e, portanto, utilizam-se de discursos transversos para descrever as suas formas de resistências. Por serem privadas de liberdade ficam deslocadas enquanto sujeitas presas e o lugar em que encontram acolhimento e amparo é no discurso religioso, um modo de retornar ao seu lugar anterior de sujeito livres, sendo o resgate possível por meio da cidadania. |