Discurso, corpo e resistência: um estudo de caso na unidade prisional feminino do regime semiaberto e aberto em Manaus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Gleycia Leticia Rodrigues dos
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/1626770754243297
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Letras
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7361
Resumo: A presente dissertação é composta por uma análise discursiva que externa os resultados de um estudo de caso que se ocupou da temática do universo prisional feminino na Unidade Prisional Feminino Semiaberto e Aberto – UPFSA, em Manaus /AM. Desse modo, o presente estudo teve por finalidade investigar os discursos das mulheres apenadas referente sua posição de sujeito enquanto mulher presa, e os sentidos que podem ser atribuídos ao sujeito que vivencia a segregação e a interdição em um sistema prisional, sendo observado como essas posições determinam a constituição do sujeito discursivo da resistência. O corpus da pesquisa foi constituído por excertos enunciadores de 10 mulheres, sendo que 05 cumprem pena em regime Semiaberto e 05 no Aberto na Unidade Prisional Feminina – UPFSA em Manaus/AM. Os subsídios teórico-metodológicos se deram a partir da mobilização dos conceitos da análise do discurso francesa materialista, como também da mobilização dos estudos de Foucault (2016) Pêcheux (2009) e Althusser (1998). A abordagem da metodologia utilizada foi qualitativa. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram o questionário de perfil e uma entrevista norteada por roteiro semiestrurado. A compreensão produzida pela análise dos dados permitiu afirmar que a posição da mulher presa é filiada ao discurso da mulher tradicional que passam por um processo de dessubjetivação na prisão adotando, uma nova conduta, que seja aceitável e aprovada socialmente, a fim de mostrar que por meio do trabalho e do estudo ocorre uma modificação de comportamento, de mulher infratora à trabalhadora e, portanto, utilizam-se de discursos transversos para descrever as suas formas de resistências. Por serem privadas de liberdade ficam deslocadas enquanto sujeitas presas e o lugar em que encontram acolhimento e amparo é no discurso religioso, um modo de retornar ao seu lugar anterior de sujeito livres, sendo o resgate possível por meio da cidadania.