Variantes e mutações do HPV 16 e o perfil clínico e histopatológico de mulheres amazônidas com câncer de colo do útero
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Imunologia Básica e Aplicada |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10209 |
Resumo: | O HPV 16, considerado um dos carcinógenos humanos mais importantes, é o genótipo prevalente no mundo, com uma taxa de ocorrência de 15,3%. Pode ser dividido em quatro linhagens (A, B, C, D) e em pelo menos dezesseis sublinhagens; estas conferem riscos diferentes ao desenvolvimento de pré-câncer e câncer. Nesse contexto, estudos sobre as variantes circulantes na Região Amazônica ainda são escassos. Com isso, este estudo buscou descrever as variantes circulantes e as mutações do HPV16 em mulheres amazônidas com câncer de colo de útero e relacioná-las com as características clínicas e patológicas das pacientes. O estudo incluiu mulheres com diagnóstico de câncer de colo de útero que chegavam para tratamento à FCECON. Foram sequenciadas 59 amostras positivas para HPV16 por meio do sequenciamento de nova geração utilizando protocolo modificado. As leituras FASTQ foram analisadas pelo programa Genious Prime; e foram analisados parâmetros de qualidade das sequências. Foram incluídas 33 amostras após critério de qualidade proposto no estudo. De acordo com as características clínicas das pacientes, a maioria – 27,2% – tinha entre 46 e 55 anos; cerca de 6,0% apresentavam idade inferior a 25 anos; destas duas pacientes tinham 20 anos de idade no momento da coleta da amostra. Quanto à raça, 90,9% se declararam brancas; e 84,8% eram do interior do Estado do Amazonas. O tipo histológico mais frequente foi o carcinoma de células escamosas, com 72,5%, seguido de 27,5% de adenocarcinoma. O estadiamento FIGO, que ia de IB até IVB, foi heterogêneo, e o mais frequente foi o IB1 (18,1%). Das 33 pacientes do estudo, cinco (15,2%) foram a óbito por conta da doença (CID539). Quanto ao prognóstico, 60,6% foram consideradas como avançado para a doença. A linhagem A foi encontrada com maior frequência (51,6%), seguida da linhagem D (41,9%), das C e B (3,2% para cada uma delas). Foram encontradas apenas as sublinhagens A1, B1, C1 e D3. A sublinhagem A1 foi encontrada em 16 amostras, com 51,6%; a sublinhagem D3 foi a segunda mais frequente, com 41,9%; as sublinhagens B1 e C1 foram encontradas – cada uma delas em uma amostra diferente. As mutações foram classificadas como sendo 55,4% sinônimas/silenciosas; e 44,6% mutações missense/não silenciosas. Entre as mutações missense mais frequentes, destacam-se: A3115C (I44L) isoleucina>leucina; A5570G (T266A) treonina>alanina; e A3178G (I65V) isoleucina>valina – encontradas em 60,6% das amostras analisadas –, além da mutação A4362C (L330F) leucina>fenilanina (57,6%). Em conclusão, os dados apresentam informações sobre a diversidade das variantes, bem como os SNPs e as mutações missense encontradas no genoma do HPV 16 e o uso da metodologia de sequenciamento completo do genoma do HPV 16 por sequenciamento de nova geração (NGS) permitiu, em larga escala, identificar características na variabilidade intratípica do HPV 16, as quais talvez, com uso de outras metodologias, poderiam passar despercebida, que futuramente podem ser utilizadas em estudos futuros relacionados à patogênese da doença e ao HPV16 nesta região. |