Avaliação da atividade do óleo de andiroba (Carapa guianensis Aublet, 1775) na inflamação local induzida por venenos de serpentes Amazônicas
Ano de defesa: | 2005 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas - Fundação de Medicina Tropical do Amazonas
Faculdade de Medicina BR UFAM - FMTAM Programa de Pós-Graduação em Patologia Tropical |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3656 |
Resumo: | Na Amazônia, os acidentes por serpentes peçonhentas constituem sério problema de saúde pública. A soroterapia neutraliza os efeitos sistêmicos do veneno, mas não os efeitos locais; portanto, são necessárias pesquisas sobre inibidores naturais dos efeitos locais do envenenamento. A andiroba (Carapa guianensis Aublet, 1775) é uma planta de florestas tropicais e equatoriais, cujas sementes fornecem um óleo com propriedades medicinais, com atividades antiinflamatória, cicatrizante e anti-séptica, além de ser um ótimo repelente. Com o objetivo de avaliar a atividade do óleo de andiroba na inflamação local induzida por venenos de serpentes amazônicas, foram estudados experimentalmente os efeitos farmacológicos gerais do óleo de andiroba e sua atividade sobre o processo inflamatório local, induzido em camundongos pelos venenos de serpentes Bothrops atrox ou Crotalus durissus ruruima, serpentes de importância epidemiológica na região da Amazônia. A cinética inibitória do edema em camundongos foi avaliada pela medição do diâmetro do edema das patas dos camundongos e por métodos histopatológicos. Após o tratamento com o óleo de andiroba, obteve-se uma inibição significativa no infiltrado inflamatório de 87,03% e 82,10%, às 3 e 12 horas respectivamente, nas patas experimentais induzidas com o veneno de Bothrops atrox. Com o veneno de Crotalus durissus ruruima a inibição atingiu 89,37% e 75,60%, às 3 e 6 horas, respectivamente, pós-tratamento. Quanto ao edema avaliado pela medição do diâmetro das patas dos camundongos, foi observada uma diminuição significativa em 37,67% no edema induzido pelo veneno de Bothrops atrox e em 42,41% no edema induzido pelo veneno de Crotalus durissus ruruima, a partir da primeira hora após a administração desses venenos nos grupos tratados com o óleo de andiroba. A redução dos edemas progrediu até 50,64% (para Bothrops atrox) e 82,37% (para Crotalus durissus ruruima) às 3 horas pós-tratamento. Histologicamente observou-se uma redução no edema induzido por Bothrops atrox de 29,18% às 3 horas pós-tratamento. Com o veneno de Crotalus durissus ruruima a redução do edema foi de 30,87% às 3 horas pós-tratamento. Nem a hemorragia e nem a mionecrose foram inibidas significativamente pela administração do óleo de andiroba por via intraperitoneal. Sugere-se que a atividade inibitória da Carapa guianensis poderia estar relacionada à diminuição da migração leucocitária |