Utilização do cogumelo comestível Lentinus strigosus para o desenvolvimento de biocosmético contendo ativo natural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Fischborn, Andréa Cristiane
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/2742688548888781
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8928
Resumo: Atualmente muitos produtos de utilidade para o homem são obtidos por processos biotecnológicos, os quais despertam grande interesse aos pesquisadores e à indústria. O campo de bioprocessos aplicados, também denominado por alguns autores de biotransformação ou tecnologia enzimática, é uma das ferramentas mais promissoras da biotecnologia. A cosmetologia, assim como outras áreas da ciência vem evoluindo e cada vez mais utilizando produtos de biotransformação. Tais produtos são detentores de grandes atividades de interesse para o homem e devem ser investigados mais a fundo para assegurar sua estabilidade físico-química e eficácia de uso dos produtos elaborados. O objetivo proposto para este trabalho foi investigar atividades biológicas dos extratos obtidos da espécie fúngica Lentinus strigosus e desenvolver um biocosmético contendo ativo biológico, sendo que, após a conclusão da formulação e de todos os testes macroscópicos e físico-químicos, obteve-se uma máscara capilar contendo o extrato fúngico enzimático. Para este fim, foram testados resíduos de açaí, manga e taperebá, sendo avaliados quanto ao crescimento do fungo Lentinus strigosus em fermentação líquida e em fermentação sólida. O resíduo do açaí apresentou resultados satisfatórios e devido a isso, o mesmo foi escolhido para o cultivo submerso, sendo elaborada uma matriz de planejamento fatorial que pudesse avaliar a influência dos nutrientes que possibilitassem o crescimento fúngico e a obtenção de compostos biologicamente ativos. Foram avaliadas a atividade antioxidante e enzimática da lacase e fator de proteção solar. Os extratos do resíduo do açaí apresentaram atividade antioxidante, porém não foi observada a atividade nos extratos fúngicos após a fermentação submersa do fungo com uso deste resíduo. A atividade da lacase assim como o fator de proteção solar foram evidenciados com a evolução do bioprocesso, e um dos fatores favoráveis a atividade da enzima, foi a manutenção do fósforo em sua concentração mais elevada de acordo com a matriz de planejamento fatorial. Após a realização dos experimentos em biorreator, onde se utilizou as mesmas condições do melhor resultado da fermentação submersa, determinando-se o fator de proteção solar, a atividade de lacase, proteína, açúcares redutores e atividade antioxidante; foi elaborada uma formulação biocosmética que continha a atividade encontrada no extrato fúngico enzimático. Foram feitos testes físico-químicos para o melhor desempenho e controle de qualidade do bioproduto elaborado, sendo prospectadas qualitativamente, substâncias químicas (alcaloides, esteroides, flavonoides, saponinas e taninos e fenóis) para o conhecimento dos metabólitos secundários produzidos no cultivo em biorreator. O extrato fúngico enzimático incorporado à formulação elaborada apresentou-se como uma matéria-prima viável para o desenvolvimento de uma máscara capilar.