Biorrefinaria: exploração sustentável de resíduos lignocelulósicos para a produção de cogumelo e bioproduto comestível

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Barbosa, Elliza Emily Perrone
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/0677791136851913, https://orcid.org/0000-0003-2832-2629
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8473
Resumo: O atual conceito de Biorrefinaria consiste na exploração sustentável dos resíduos lignocelulósicos, a fim de gerar produtos de valor agregado. Por esse motivo, os cogumelos comestíveis estão sendo visados, pois são capazes de colonizar diferentes resíduos, permitindo a produção e o reaproveitamento de substratos provenientes da natureza e, reduzindo os impactos ambientais. Esta pesquisa teve como finalidade avaliar o crescimento de P. ostreatoroseus em diferentes meios de cultivo, produção de proteases em resíduo lignocelulósico e identificar um substrato promissor para produção de basidiomas para desenvolvimento de bioproduto alimentício. P. ostreatoroseus foi cedido pela coleção de culturas DPUA - Universidade Federal do Amazonas, e cultivado em ágar BDA suplementado com extrato de levedura 0,5 % (p/v). Para obtenção de inóculo do cogumelo, foram utilizados cinco meios suplementados com extrato de levedura (0,5 %, p/v): ágar Batata Dextrose (BDA), ágar GYP (glicose, extrato de levedura e peptona), ágar Extrato de Malte (MEA), ágar Extrato de Inhame roxo [(EIR) Dioscorea alata], ágar extrato de Cará-de-espinho [(CEIN) Dioscorea altissima], ágar extrato de Ariá [(EA) Calathea allouia]. A fermentação em estado sólido na concentração 2:1 (p/p), umidade 60% nos resíduos: exocarpo de cupuaçu (Theobroma grandiflorum), resíduo de processamento de açaí (Euterpe oleracea), casca de abacaxi (Ananas comosus) e serragem, suplementados com farelo de arroz (Oryza sativa) ou farelo de trigo (Triticum aestivum) 0,5 % (p/v), esterilizados a 121 °C por dois dias consecutivos. Para produção do cogumelo utilizou-se o resíduo significativo nos critérios de densidade micelial. Determinou-se eficiência biologica, produtividade, taxa de produção e perda de matéria orgânica, qualidade microbiológica e o valor nutricional do resíduo, basidioma e do produto. As proteases foram extraídas em água destilada esterilizada sob agitação de 180 rpm, a 30 °C. A atividade proteolítica, efeito de inibidores e íons foi determinada em solução de azocaseína 1% (p/v). O produto de panificação foi elaborado como base a biomassa desidratada, em escala laboratorial. Entre os meios testados, ágar GYP foi o meio de expressiva densidade micelial. A mistura de substrato eficiente para a produção de P. ostreatoroseus foi observada em resíduo de processamento de açaí e farelo de arroz. A atividade ótima de proteases foi observada em pH 5,0 e 40 oC. P. ostreatoroseus tem alto potencial na indústria farmacêutica, têxtil, alimentícia e química. Os basidiomas produzidos apresentaram conteúdo de cinzas, proteínas, lipídeos significativos. Em comparação ao pão padrão, o produto de panificação com adição de cogumelo apresentou dados significativos quanto ao valor nutricional.