Investigação fitoquímica com auxílio de molecular networking e atividade citotóxica de Duguetia surinamensis (Annonaceae)
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Química |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8843 |
Resumo: | A perspectiva da descoberta de novas substâncias bioativas oriundas de plantas do bioma Amazônia se faz necessário podendo ser eficientes e seletivas para o tratamento e cura do câncer, uma vez que a familia Annonaceae é destacada por apresentar metabólitos bioativos com ação citotóxica. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo realizar o estudo fitoquímico e avaliar a citotoxicidade in vitro dos extratos, frações, subfrações e substâncias isoladas das cascas do caule de Duguetia surinamensis. Inicialmente, utilizou-se a ferramenta Molecular Networking (MN) para o tratamento de dados obtidas das análises de Cromatografia Líquidia acoplada a Espectrometria de Massas (LC-MS/MS) da fração alcaloídica (FA) e subfrações de D. surinamensis, a fim de examinar seu perfil químico. Os constituintes químicos isolados da FA foram identificados por técnicas espectroscópicas (RMN de 1H e 13C 1D/2D) e espectrométrica (MS). Também foi realizado a determinação da estereoquímica de duas substâncias isoladas cedidas (obtidas no estudo anterior) desta espécie empregando o método espectroscópico de Dicroísmo Circular Eletrônico (ECD). Adicionalmente, os extratos, frações, subfrações e as substâncias purificadas foram submetidas a análise biológicas in vitro frente a células tumorais e não tumorais. Foram isoladas cinco substâncias: dois alcaloides aporfinos [dicentrinona (S1), duguetina N-óxido (S2)], uma morfinandienona (pallidina (S3)] e dois novos alcaloides [11-metoxiduguesuramina (S4) e duguesuramina (S5)]. As substâncias S6 (duguetinina) e S7 (surinasarona) cedidas (obtidas no estudo anterior) apresentaram configuração “S” e “R”, respectivamente, bem como apresentaram rotação específica no sentido dextrógiro. Através da análise MN da FA sugeriu-se a identificação de 26 substâncias na FA e 20 substâncias provenientes do conjunto de amostras do 1º fracionamento, totalizando 11 metabólitos inéditos no gênero Duguetia. A duguetina N-óxido (S2) foi mais ativa exibindo IC50 10,41 μg.mL-1, 7,92 μg.mL-1, 3,58 μg.mL-1, 3,42 μg.mL-1 para as células tumorais HepG2 (carcinoma hepatocelular humano), MCF-7 (adenocarcinoma de mama humano), HL-60 (leucemia promielocítica humana), HCT116 (carcinoma de cólon humano), respectivamente. Para a célula saudável MRC-5 (fibroblasto de pulmão humano) apresentou citotoxicidade acima da concentração de 12,07 μg.mL-1. Através dos resultados obtidos, foi possível comprovar que a espécie D. surinamensis é uma fonte promissora de alcaloides bioativos com potencial citotóxico. |