O Terreiro de Mãe Bena: resistência e protagonismo feminino para além do sincretismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Lira, Bruna do Carmo Reis
Outros Autores: https://lattes.cnpq.br/7903981829682370
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10694
Resumo: Esta pesquisa analisa o Terreiro de São Sebastião, liderado por Mãe Bena em Parintins/AM, a partir de uma abordagem sociocultural e interseccional, explorando o protagonismo feminino negro, a resistência religiosa e a agência dos adeptos do terreiro. Busca-se compreender como esse espaço se configura como um território de afirmação identitária e resistência frente ao racismo estrutural, à intolerância religiosa e às hierarquias de gênero. Metodologicamente, a pesquisa adota uma abordagem qualitativa com viés etnográfico, utilizando observação participante, entrevistas semiestruturadas com Mãe Bena e membros do terreiro, além de análise documental, revisão bibliográfica, registros etnofotográficos e audiovisuais. O estudo evidencia que os terreiros de religiões afro-brasileiras não são apenas espaços de prática espiritual, mas também centros de produção de saberes, resistência sociocultural e de protagonismo feminino. Os resultados indicam que o Terreiro de São Sebastião representa um locus dinâmico de ressignificação religiosa e social, articulando tradição e inovação frente aos desafios contemporâneos e estruturas hegemônicas com a reafirmação da cultura afrodescendente e da autonomia religiosa.