Uma nova carboximidamina modula a nocicepção inflamatória e comportamento doentio em modelos experimentais in vivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Hilgenberg, Livia Christine Ribeiro
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/5207870946664279
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Farmacêuticas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7857
Resumo: A inflamação é uma reação fisiológica e protetora do corpo humano, desencadeada por patógenos e lesões do tecido, a qual resulta na ativação do sistema imune. Dentre os sinais clínicos da inflamação, a dor é o mais desagradável e acarreta em redução da qualidade de vida de muitas pessoas. O aumento de citocinas pró-inflamatórias, durante o curso de uma infecção, faz com que os indivíduos doentes desenvolvam um conjunto de mudanças comportamentais adaptativas, coletivamente denominadas de comportamento doentio. A inflamação, portanto, se tornou um alvo terapêutico imperativo para novas intervenções farmacológicas. Para o tratamento da inflamação e da dor, fármacos anti-inflamatórios são utilizados na prática clínica, os quais, entretanto, apresentam diversos efeitos colaterais e eficácia limitada, incitando a busca por novos medicamentos eficazes e com efeitos adversos mínimos. Por isso, a presente pesquisa, objetivou verificar as propriedades farmacológicas de uma nova carboximidamina, a DCHA, na modulação da nocicepção e da inflamação em modelos animais. A DCHA foi utilizada para avaliar os efeitos antinociceptivos em camundongos, por meio do teste de contorções abdominais induzidas por ácido acético, teste da formalina e teste da placa quente. O efeito anti-inflamatório da DCHA foi avaliado no comportamento doentio induzido por lipopolissacarídeo (LPS) em camundongos, por meio dos testes de campo aberto e nado forçado. Além disso, avaliou-se, também, a expressão do RNAm de iNOS e citocinas pró- inflamatórias (IL-β, TNF-α e IL-6) do sangue, fígado e rim desses animais, por meio do teste de PCR quantitativo em tempo real. A atividade locomotora foi avaliada no teste de campo aberto. Os experimentos foram realizados com a devida aprovação da Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), no processo no 037/2018. A DCHA reduziu o número de contorções induzidas por ácido acético e o tempo de lambida da pata em ambas as fases no teste da formalina, bem como aumentou o tempo de latência no teste da placa quente. Combinando os resultados de modelos químicos e térmicos de nocicepção, pode-se sugerir que a substância apresenta efeito antinociceptivo mediado perifericamente e centralmente. A administração de lipopolissacarídeo (LPS, 100 μg/kg, i.p.) induziu alterações comportamentais em camundongos, observado através do aumento no tempo que o animal permaneceu boiando no nado forçado e na diminuição da atividade locomotora e exploratória no campo aberto, assim como aumentou a expressão de RNAm de iNOS e das citocinas pró-inflamatórias IL-1β, TNF-α e IL-6. O pré-tratamento com DCHA atenuou as alterações comportamentais induzidas pelo LPS, bem como reduziu significativamente a expressão de iNOS e das citocinas pró-inflamatórias nos camundongos. Os resultados experimentais do presente estudo demonstraram que a substância DCHA apresentou ação antinociceptiva e anti-inflamatória in vivo. As ações anti-inflamatórias obtidas sugerem ser devido à redução de citocinas pró-inflamatórias. Enfim, os resultados apontam para o potencial farmacológico da substância como um novo medicamento anti-inflamatório.