Conexão com a natureza e bem-estar subjetivo indicado por felicidade em idosos
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Centro de Ciências do Ambiente Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9677 |
Resumo: | O processo de envelhecimento no ciclo vital de uma pessoa traz consigo algumas mudanças biológicas, psicológicas e sociais. O termo Conexão com Natureza (CN) é utilizado na Psicologia como um vínculo subjetivo de interação vital com o mundo natural. A CN tem sido apontada como um preditor da felicidade, ou bem-estar subjetivo (BES) das pessoas e que as pessoas que se sentem conectadas à natureza querem protegê-la e possuem motivações para adotarem comportamentos ecológicos. Por outro lado, sabe-se que a população que mais cresce é a idosa e esse grupo de pessoas participa ativamente da vida nas cidades em decorrência das melhorias nas condições de saúde e consequente aumento da expectativa de vida. Estudar a relação idoso-ambiente, é assim, uma realidade necessária. O objetivo do estudo foi verificar os níveis de CN entre os idosos da região metropolitana de Manaus-AM (Manaus, Iranduba, Manacapuru e Careiro Castanho, Novo Airão) e se os diferentes níveis de CN influenciam o BES, aqui indicado como níveis de felicidade subjetiva. Utilizou-se uma entrevista semiestruturada cujo protocolo continha perguntas abertas, fechadas e escala de CN e de EFS. Participaram 62 idosos entre 60 e 83 anos de idade (Fem=23; M=36). As respostas foram audiogravadas e depois de transcritas foram inseridas numa planilha Excel e SPSS para as análises. As perguntas fechadas foram submetidas à Análise de Conteúdo (Bardin), e as demais seguiram análises estatística descritiva no Excel e SSA (Smallest Space Analysis) no SPSS. Os resultados mostram que a maioria dos idosos possui altos níveis de CN bem como de felicidade subjetiva. No entanto, estes construtos psicológicos não estão associados de modo que a CN não é preditora da felicidade subjetiva manifestada pelos idosos. Nesse sentido, a percepção de felicidade pode ter outros elementos que estão atuando para assim se sentir, e que os níveis de CN não implicam necessariamente em felicidade para o idoso. CN e FES como estados psíquicos não são mutuamente associados para estes idosos. Constatou-se ainda que os idosos que consideram a natureza como parte de sua identidade são os mesmos dizem se sentir próximo da natureza em sua moradia atual, mesmo morando em área urbanas. O item da escala de CN com menor média relativa foi a respeito do interesse em passar férias em lugares remotos e isolados. Tal item para os idosos deste estudo com baixo rendimento e vivências passadas na Amazônia, parece ser desequilibrador da média geral de CN, o que leva a inferir que tal item tenha que ser revisto quando da população de idosos brasileiros. No entanto, constatou-se que os idosos que se declararam menos felizes são também os que menos se preocupam com os problemas ambientais. Este resultado é significativo no sentido de que a infelicidade atua diretamente na falta de cuidado com o ambiente, entretanto, a felicidade subjetiva dos idosos não parece influenciar o tipo de preocupação com os problemas ambientais. |