Mapeamento cruzado entre termos da linguagem especial de enfermagem para a prática junto a povos indígenas e os termos da classificação internacional para a prática de enfermagem CIPE®
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Enfermagem Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10544 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: Nesse contexto da saúde indígena, o trabalho do enfermeiro está repleto de desafios que permeiam questões geográficas, epidemiológicas e culturais. Isso exige desses profissionais modelos de cuidado sensível ao modo de vida da população, apoiado por um sistema de linguagem padronizada e protocolos baseados em evidências, gerando documentação dos registros das práticas dos profissionais de enfermagem. Desse modo, a ausência de uma linguagem comum aos profissionais de enfermagem que atuam junto a esses povos é um dos grandes desafios no que diz respeito ao registro do cuidado oferecido. OBJETIVO: Elaborar um Guia do mapeamento cruzado entre os termos da linguagem de enfermagem para a prática junto aos povos indígenas no contexto amazônico com os termos do modelo de sete eixos da Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem - CIPE®, versão 2019/2020. MÉTODO: Trata-se de um estudo de natureza exploratório descritivo com abordagem qualitativa. O processo metodológico utilizado teve como base o cross-mapping, traduzido como mapeamento cruzado, o qual possibilita mapear e comparar registros de enfermagem realizados com terminologias não uniformizadas em classificações de referência com linguagem padronizada. O mapeamento é a segunda etapa do método brasileiro para desenvolvimento de subconjuntos terminológicos da CIPE®. A base para o mapeamento está publicada no “Glossário da Linguagem Especial de Enfermagem para a Prática junto a Povos Indígenas no Contexto Amazônico”, que apresenta 764 termos. Para o mapeamento, este conjunto de termos é denominado de “documento-fonte”. Por sua a vez, os termos CIPE® 2019/2020 é denominado de “documento-alvo”. O mapeamento automatizado foi realizado por meio de uma ferramenta computacional denominada MappICNP, que contém regras provenientes do processamento de linguagem natural (PLN), e foi originalmente desenvolvido para mapeamento entre um conjunto de termos da linguagem natural e os termos da Systematized Nomenclature of Medicine Clinical Terms (SNOMED-CT). Os termos não mapeados pelo MappICNP foram analisados manualmente pelos pesquisadores da equipe, utilizando a escala de equivalência da norma ISO/TR 12300:2016. RESULTADOS: O processamento pela ferramenta MappICNP gerou os seguintes resultados:356 (46,6%) termos com mapeamento direto (encontro exato entre os termos); 15 (2,0%) termos reduzidos ao seu radical; 110 (14,4%) termos mais abrangentes; 33 (4,3%) termos mais restritos, e 232 (30,4%) termos não foram mapeados com a CIPE®. O mapeamento manual destes termos resultou em: 39 (16,8%) com equivalência léxica e conceitual; 19 (8,2%) com equivalência de significado, com sinonímia; 50 (21,5%) foram considerados mais amplos e com menos significado específico que o termo-alvo; 103 (44,4%) foram considerados mais restritos e com mais significado que o termo-alvo; e 21 (9,1%) nenhum mapeamento foi possível. Foram excluídos 18 (2,3%) termos por se tratar de termos abreviados já descritos anteriormente sem abreviatura. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O mapeamento cruzado entre esses termos busca estabelecer uma ponte entre a linguagem técnica da enfermagem e a aplicação prática em contextos interculturais, assegurando que os cuidados de enfermagem sejam prestados, sustentados pelo Processo de Enfermagem por meio de terminologias padronizadas, em especial, a fundamentada pelo modelo de Sete Eixos da Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®), respeitando os conhecimentos e práticas tradicionais dos povos indígenas. |