As dinâmicas do transporte fluvial de passageiros no Estado do Amazonas
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4005 |
Resumo: | Mesmo com maciços investimentos em outras modalidades de transporte visando integrar a região amazônica ao restante do país, o transporte fluvial ainda predomina nas atividades desenvolvidas no Estado do Amazonas, seja de maneira direta, com os sujeitos envolvidos no transporte fluvial de passageiros, como os armadores, tripulantes e passageiros; ou de maneira indireta, com os agricultores e seus familiares que necessitam do transporte para a venda de seus produtos, além dos feirantes e moradores da cidade de Manaus que utilizam diversos recursos transportados por via fluvial. Não se pode negar a Amazônia sofreu substanciais mudanças, que ocorreram também em relação ao transporte, que não foge da lógica capitalista de transformação do espaço. Investigou-se durante a pesquisa a dinâmica do transporte na rede fluvial amazônica, principais rotas, conexões e a condições para a manutenção do empreendimento. Nesse sentido, utilizamos a como bases analíticas para a pesquisa a categoria Espaço e os conceitos de Técnica, Fluxo e Redes, que vêm sendo um meio de análise muito usado na Geografia, devido a sua capacidade para compreender a articulação entre os lugares, pois a sociedade, assim como os meios de transportes, organiza-se em redes. Para este trabalho utilizamos como principais fontes de obtenção de dados o trabalho de campo, a partir de entrevistas e viagens nas embarcações; e visitas a órgãos competentes. Tomamos como ponto de partida para análise o Porto da Manaus Moderna, já que o fluxo da navegação amazônica acontece predominantemente a partir desse porto, elegemos assim, cinco calhas principais para estudo, por nelas estarem inseridas importantes rotas que estão ligadas ao funcionamento das cidades pertencentes à calha. Algo que marca o transporte fluvial amazônico tradicional, além de outros fatores é a má condição de atendimento e de condição física dos barcos, geralmente os barcos são sujos, existem filas para comer, e a na maioria das vezes as viagens atrasam. O transporte dos barcos tradicionais é realizado de maneira mista, parando em diversas localidades, para carga e descarga de pessoas, objetos e produtos. No entanto, a partir da investigação realizada percebemos o crescimento dos barcos Expressos, que prioriza o transporte para passageiros, assim, as viagens são mais rápidas, mas apresentam um custo maior para os passageiros. Esses barcos estão presentes em várias rotas do transporte regional, de certa forma, rompendo com as longas viagens entre as cidades. O que possibilita esse tipo de embarcação ser mais leve e mais rápida é que ela é feita com intuito de transportar principalmente passageiros, o aumento da procura desse segmento da navegação fluvial amazônica tem sido uma constante, havendo assim, uma mudança no padrão de navegação da Amazônia, pois alguns deslocamentos que eram feitos em dias, são realizados por essas embarcações em algumas horas. Dessa forma, percebe-se uma tendência de expansão dessa modalidade em outras rotas na Amazônia, basicamente ligando as principais cidades à capital Manaus, maior mercado de origem e destino de passageiros. |