A construção identitária dos cirandeiros do festival de cirandas de Manacapuru

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Adan Renê Pereira da
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/1888827930222244
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Psicologia
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3938
Resumo: Manacapuru é uma cidade do interior do Amazonas, região norte do Brasil, localizada a 84 km da capital, à margem esquerda do Rio Solimões. Neste município, sempre no último fim de semana de agosto, ocorre o Festival de Cirandas de Manacapuru, em três noites, sendo cada uma delas de apresentação de uma das cirandas: Flor Matizada, Guerreiros Mura e Tradicional. A presente pesquisa objetivou investigar a construção da identidade dos cirandeiros dessa festa, tida como o maior festival de cirandas do estado do Amazonas. Para isso, partiu-se da categoria identidade da Psicologia Social, entendendo esse conceito no contexto da festa popular que é a ciranda, o que implicou localizá-la em suas especificidades: rivalidade, criação artística e modos de participação na festa enquanto cirandeiro. A pesquisa qualitativa foi realizada a partir de entrevistas semiestruturadas, com nove participantes: três representantes de cada ciranda. Os áudios obtidos mediante gravação foram transcritos, com a permissão obtida dos participantes e aval do Comitê de Ética (a pesquisa foi aprovada, conforme parecer 191.905, de 25.01.13), além de ter sido realizada observação participante (etnografia), revisão bibliográfica e análise documental. O método de análise das entrevistas foi a Análise de Conteúdo, conforme proposta de Bardin (1979). Aliada a ela, foram utilizados os dados obtidos por meio da observação participante e análise documental, que ajudaram a aclarar o sentido das informações. O material obtido permitiu elaborar as seguintes categorias: cirandas em geral versus a minha ciranda; a ciranda e os cirandeiros: histórias de vida que se entrelaçam em um mundo de múltiplas significações prazerosas; a ciranda no presente: uma categoria de identidade; a visão externa como “reforçador” da própria categoria identitária; conceitos atribuídos às outras cirandas – “con-viver” e “respeitar”, mas não de lá ser; onde se renova a impossibilidade da mudança de uma agremiação para outra; em que a possibilidade de “abandono” da ciranda é vista como possibilidade de dor. Assim, esta pesquisa colabora para a compreensão da construção de identidades em contextos culturais, especialmente dos amazônicos, uma vez que há uma imbricação entre identidade do ser que se define por si e do ser que é definido pelos outros e que se define nos outros, caracterizando-se como identidade social e identidade-metamorfose.