O movimento de apoio à resistência Waimiri-Atroari: ecos de uma ação indigenista católica contra grandes projetos
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em História |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3969 |
Resumo: | A Prelazia de Itacoatiara, em meados dos anos de 1970, se direciona a um trabalho pastoral interessado na discussão em torno da questão indígena. Tal preocupação emerge a partir da operacionalização das Políticas de Integração Nacional do governo brasileiro, que se lançam sobre as terras povoadas pela população Waimiri-Atroari, ameaçando, na visão dos missionários daquela Prelazia, destituir os direitos fundamentais à sobrevivência daqueles índios. Para combater essa investida do Estado, esses missionários desenvolveram, a partir da segunda metade de 1975, uma série de projetos objetivando investigar e denunciar as violentas formas de aproximação da sociedade nacional junto àqueles índios. Nasce a pastoral indígena daquela prelazia, que irá, por meio de um trabalho de conscientização, promover uma série de debates em fóruns diversos para expor os abusos sobre os Waimiri-Atroari. Com a intensificação dessas ações e a iminente concretização das Políticas de Integração, os missionários criam em 1983 o Movimento de Apoio à Resistência Waimiri-Atroari (MAREWA), com o objetivo de promover uma moção popular que fosse capaz de frear o avanço desses projetos e dessa forma garantir a conservação do modo de vida daqueles índios. Isto posto, esse trabalho traz à tona a trajetória da luta de homens e mulheres da Prelazia de Itacoatiara engajados no MAREWA em torno da população indígena Waimiri-Atroari e em defesa daquilo que acreditavam ser o ideal de política indigenista para aquele povo. Observa os desdobramentos dessa atuação não apenas no âmbito de seus ataques contra o Estado, mas também em uma dimensão que não se desprendia do popular, pois intimamente ligada a ela e que por sua vez, garantia sua aprovação e/ou rejeição no âmbito do social. Assim, esse texto oferece um cenário de relações sociais, de onde emergem indivíduos que tornam a história desse movimento rica, multifacetada e capaz de fornecer um panorama daquela sociedade em torno das questões indígenas e das reivindicações populares postas em pauta. |