Florestas domesticadas, controvérsias selvagens: uma incursão ao debate sobre a Domesticação da Amazônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Soares, Guilherme Henriques
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/3274229758989038
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Antropologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10239
Resumo: Esta tese aborda as controvérsias científicas em torno da ideia de Domesticação da Amazônia, tendo em vista tanto o debate amplo em torno do conceito de domesticação na Antropologia, como o debate mais restrito e pontual acerca do emprego do conceito em determinadas narrativas sobre as florestas da Amazônia. Procuro demostrar, dentro de um recorte regional (em termos espaciais), e a partir da crítica ao modelo da Ecologia Cultural (em termos temporais), os modos como a domesticação foi acionada e trabalhada, assim como as tensões instauradas por seus usos e modos de significar. A tese está organizada em três capítulos, cada um dividido em duas partes. O primeiro capítulo aborda a mudança de paradigma ocorrida por volta do final dos anos de 1980, responsável pela conformação de uma nova imagem da Amazônia. O mesmo analisa também os significados do conceito de domesticação e com quais elementos ele se articula na narrativa sobre a Domesticação da Amazônia. O que observamos são três tensões principais derivadas das constantes contrações e expansões às quais o conceito é submetido na narrativa. O segundo capítulo traz um mapeamento e uma discussão sobre a disputa entre dois grupos de cientistas em torno da narrativa supracitada, utilizando uma abordagem inspirada em certos princípios teórico-metodológicos contidos nos trabalhos de Stengers e Latour. O terceiro capítulo discute as implicações da disciplina “Domesticações amazônicas” para o debate. A disciplina a que me refiro, realizada a cada dois anos, pode ser entendida como um laboratório sobre o tema, um lugar de encontro de pesquisadores de diferentes áreas reunidos em torno de um interesse comum nas premissas trabalhadas pela Ecologia Histórica.