Florestas domesticadas, controvérsias selvagens: uma incursão ao debate sobre a Domesticação da Amazônia
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Antropologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10239 |
Resumo: | Esta tese aborda as controvérsias científicas em torno da ideia de Domesticação da Amazônia, tendo em vista tanto o debate amplo em torno do conceito de domesticação na Antropologia, como o debate mais restrito e pontual acerca do emprego do conceito em determinadas narrativas sobre as florestas da Amazônia. Procuro demostrar, dentro de um recorte regional (em termos espaciais), e a partir da crítica ao modelo da Ecologia Cultural (em termos temporais), os modos como a domesticação foi acionada e trabalhada, assim como as tensões instauradas por seus usos e modos de significar. A tese está organizada em três capítulos, cada um dividido em duas partes. O primeiro capítulo aborda a mudança de paradigma ocorrida por volta do final dos anos de 1980, responsável pela conformação de uma nova imagem da Amazônia. O mesmo analisa também os significados do conceito de domesticação e com quais elementos ele se articula na narrativa sobre a Domesticação da Amazônia. O que observamos são três tensões principais derivadas das constantes contrações e expansões às quais o conceito é submetido na narrativa. O segundo capítulo traz um mapeamento e uma discussão sobre a disputa entre dois grupos de cientistas em torno da narrativa supracitada, utilizando uma abordagem inspirada em certos princípios teórico-metodológicos contidos nos trabalhos de Stengers e Latour. O terceiro capítulo discute as implicações da disciplina “Domesticações amazônicas” para o debate. A disciplina a que me refiro, realizada a cada dois anos, pode ser entendida como um laboratório sobre o tema, um lugar de encontro de pesquisadores de diferentes áreas reunidos em torno de um interesse comum nas premissas trabalhadas pela Ecologia Histórica. |