Avaliação da dor pós-operatória do tratamento endodôntico em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 – um ensaio clínico controlado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Cunha, Ingrid Luiza Mendonça
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/5721601584763094
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Odontologia
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Odontologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10017
Resumo: Este ensaio clínico controlado, paralelo e cego teve como objetivo avaliar a ocorrência da dor pós-operatória em pacientes com Diabetes mellitus (DM) do tipo 2, após tratamento endodôntico. No baseline, a hemoglobina glicada (HbA1c) foi investigada e os pacientes do grupo experimental apresentaram história médica de diabetes mellitus e HbA1c ≥ 6,5. A pesquisa foi desenvolvida em três etapas: coleta do baseline, tratamento endodôntico em sessão única e avaliação do desfecho. A amostra consistiu em 80 adultos, sendo 40 com DM no grupo experimental e 40 sem DM no grupo controle. No protocolo endodôntico, executado por dois operadores, foi realizado acesso, preparo dos canais com sistema Wave One® Gold, irrigação com hipoclorito de sódio a 2,5% e obturação por termocompactação e cimento AH Plus®. A avaliação de dor pós-operatória foi realizada por um membro da equipe cego para os grupos, nos intervalos de 6,12,24 e 72 horas após o tratamento endodôntico, utilizando a escala numérica discreta (NRS 0-10). Nas primeiras horas no grupo com DM, 19 pacientes (47,5%) experimentaram dor, enquanto no grupo controle 24 pacientes (60%) relataram dor (p=0,429). Em 12 horas, 11 (27,5%) do grupo experimental e 19 (47,5%) do grupo sem DM experimentaram dor (p=0,165). Com 24 horas, esse quantitativo foi de 9 (22,5%) indivíduos com DM, 11 (27,5%) no grupo controle (p=0,930). Após 72 horas 5 pacientes (12,5%) de cada grupo relataram dor (p=0,186). Também não foram encontradas diferenças significativas quanto à intensidade da dor entre grupos nos tempos de 6 horas (p=0,139), 12 horas (0,169), 24 horas (0,387) e 72 horas (0,687). No entanto, nas análises de regressão a chance de dor pós-operatória foi menor em pacientes com DM (OR=0,19; IC95%=0,04-0,77) independente do sexo, idade, dor pré-operatória, grupo dentário, tipo de tratamento e presença de extravasamento. Conclui-se que indivíduos portadores de Diabetes mellitus do tipo 2 podem experimentar menor dor pós-operatória no tratamento endodôntico quando comparados a pacientes sem diabetes.