A Amazônia na dinâmica curricular do bacharelado de Relações Internacionais (RI) da Universidade Federal de Roraima (UFRR)
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Educação Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8123 |
Resumo: | O presente estudo insere-se na Linha de Pesquisa 3: Formação e Práxis do(a) Educador(a) Frente aos Desafios Amazônicos na medida em que discute, quais conteúdos a respeito da Amazônia estão presentes no currículo em Relações Internacionais, dessa forma pretende colaborar com a formação dos professores no ensino superior. O objetivo geral do estudo consiste em analisar como a Amazônia é trabalhada na dinâmica curricular do bacharelado de Relações Internacionais (RI) da Universidade Federal de Roraima (UFRR), esse intento desdobra-se nos seguintes objetivos específicos: 1). Averiguar os pressupostos da teoria histórico-crítica no ensino superior e no currículo; 2). Conhecer as concepções de ensino superior no mundo e no Brasil, bem como a inserção do curso de Relações Internacionais na Amazônia; e 3). Elucidar a dinâmica curricular do curso de Relações Internacionais da UFRR, por meio dos temas amazônicos presentes no ensino, na pesquisa e na extensão. Para tanto, nosso aporte teórico-metodológico ancorou-se na teoria histórico-crítica e em sua consequente teoria curricular, além dos estudos de formação em Relações Internacionais, bem como autores que debatem a Amazônia brasileira. Em termos metodológicos recorremos a fontes documentais e primárias analisadas por meio de forma qualitativa, dentre os documentos analisados encontram-se as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do Bacharelado de Relações Internacionais, o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFRR e o Projeto Pedagógico do Curso (PPC) de RI da UFRR, além da extração de informações do site do curso a respeito dos trabalhos monográficos e dos projetos de extensão vigentes; para a coleta dos dados primários foram realizadas três entrevistas, sendo uma com o coordenador do curso e duas com os docentes que já haviam ministrado disciplinas obrigatórias diretamente relacionadas à Amazônia, também foi realizado um Grupo de Discussão com os discentes finalistas de 2019. Dentre os resultados destacamos que o curso de Relações Internacionais (RI) da Universidade Federal de Roraima (UFRR), no âmbito do ensino, realiza uma interlocução direta sobre Amazônia expressa em três disciplinas que abordam a interação entre Amazônia e Relações Internacionais, bem como indiretamente esse conteúdo também é trabalhado em outras disciplinas ao decorrer do curso. A partir dos trabalhos monográficos defendidos, na esfera da pesquisa, sobressaem os temas de migração, refúgio e deslocamento. Por sua vez, a maioria dos projetos de extensão relaciona-se à crise humanitária decorrente da migração venezuelana. Conclui-se que a migração venezuelana reorientou a dinâmica curricular e que apesar dos esforços individuais dos docentes do curso no ensino, na pesquisa e na extensão, não existe um trabalho organizado coletivamente e subsidiado em um diagnóstico prévio das necessidades locais a fim de priorizar os conteúdos e as respostas à sociedade roraimense e amazônica. No entanto, gostaríamos de ressaltar que tais dificuldades não dependem apenas da vontade política dos docentes e discentes em tornar o curso de RI da UFRR um polo de referência no saber sobre a Amazônia brasileira no âmbito da área de relações internacionais, existem dificuldades estruturais que a universidade pública atravessa, seja pelas estratégias de deslegitimação social ou pela redução constante do financiamento perpetrada pelo novo regime fiscal, aprovado em 2016. |