Saúde, ambiente e doença reemergente: a dengue no Amazonas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Sampaio, Cínthia Maria Teixeira
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/9144358228529213
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Geografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6845
Resumo: O estado do Amazonas enfrenta sérios problemas de saúde pública relacionados à prevalência de dengue. Incluída no grupo das doenças reemergentes, a dengue, de dados que tinha sido controlada, ressurge de forma intensa na atualidade. As análises e interpretações, obtidas a partir dos resultados deste trabalho, indicaram que os municípios de maior prevalência de dengue, no período correspondente aos anos de 2007 a 2012, foram São Gabriel da Cachoeira (700,26), Manaus (657,15), Humaitá (539,18), Tefé (533,43), Novo Aripuanã (465,81), Coari (373,76). Sendo assim, compreender o contexto do aumento dos casos de dengue relacionados tanto fatores ambientais, climático e sazonalidade, quanto aqueles associados às questões de produção do espaço urbano constitui-se necessidade para empreender ações de enfrentamento a essa realidade. Os dados revelaram que os meses de maior internação coincidem com o início do período chuvoso nos municípios, todavia, a reduzida rede de saneamento básico, se apresentou como uma condicionante a ser considerada, uma vez que, neste período, a água além de ficar acumulada, causa inundações. Por outro lado, a relação entre focos de queimadas e desmatamentos, não apresentou correlações significantes, indicados pelos baixos registros de dengue nas plataformas de saúde. A metodologia deste estudo utiliza o banco de dados do Ministério da Saúde (DATASUS) e da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas. O cálculo da prevalência incluiu o número de casos novos (prováveis) de dengue dividido pela população de determinada área geográfica, expresso por 100 mil habitantes. Um dos fatores que intensificou a dengue no estado do Amazonas foi o sociodemográfico quando associado à circulação das pessoas em decorrência da abertura de frentes de trabalho, ocupação territorial e renda. Coari foi um município que recebeu grande fluxo de pessoas para a execução das obras do Gasoduto Urucu/Coari/Manaus. Os municípios do sul do Amazonas como Humaitá e Novo Aripuanã, que se aproximam do Arco do Desmatamento, apresentaram crescimento da doença. São Gabriel da Cachoeira localizado na Faixa de Fronteira Norte e Tabatinga na Tríplice Fronteira com a Colômbia e Peru; Guajará fronteira com Peru e limite com o estado do Acre também apresentaram índices elevados.