Dinâmica da água e nutrientes na solução do solo em um dendezal (Elaeis guineensis Jacq.) na Amazônia Central
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Agronomia Tropical |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5571 |
Resumo: | O conhecimento das propriedades hídricas dos solos é uma premissa para quantificação do balanço hídrico, que é dado pelo balanço de massa entre as entradas (chuva e irrigação) e saídas de água: evapotranspiração, escorrimento superficial e perda por percolação profunda. Na Amazônia Ocidental pouco se conhece a respeito da dinâmica da água e nutrientes na solução do solo, principalmente em dendezais. Os trabalhos existentes limitam-se a algumas áreas de florestas primária, secundarias, manejadas, sistemas agroflorestais, áreas degradadas e pastagens. Nesse sentido, este trabalho teve como objetivo avaliar a influência do uso do solo e as variações temporais, decorrentes das condições climáticas na dinâmica dos nutrientes na solução do solo (SS) e da água sob um dendezal (DD) e uma floresta primária (FP). O experimento foi instalado em julho de 2013 e conduzido até junho de 2015, no campo experimental do Rio Urubu, CERU – Embrapa, no município de Rio Preto da Eva. Foram instalados em campo dois equipamentos de coleta automática de solução do solo, para avaliar a dinâmica dos cátions na SS num dendezal e numa floresta primária em três profundidades (20, 40 e 100 cm). Dentro do dendezal, também foram instalados sensores de umidade, temperatura e potencial matricial do solo em duas profundidades (20 e 60 cm), além de um pluviômetro para registrar a precipitação dentro do dendezal. Ao mesmo tempo foi instalada uma estação micrometeorológica fora do dendezal com sensores de umidade, temperatura, vento e radiação solar, além de um pluviômetro para registrar a precipitação total e armazenar os dados a cada hora. A micro estação também registrava dados de umidade, temperatura e potencial matricial do solo, através de sensores que foram instalados a 20 e 60 cm de profundidade no solo, em uma trincheira aberta a 4 m de distância da estação. Todos estes dados foram utilizados para estimar a evapotranspiração, o balanço hídrico do dendezal e a dinâmica da água. Amostras de solo com estrutura deformada e indeformada também foram coletados para determinar características químicas, físicas e hídricas da área em estudo. O solo das duas áreas apresentam elevada retenção de água no ponto de murcha permanente (0,23 m3 m-3) e baixa água disponível (0,11 m3 m-3). Independentemente da profundidade, o pH da solução do solo nas duas áreas apresenta um padrão cíclico, tornando-se mais ácido na época chuvosa. A condutividade elétrica evidencia lixiviação e perda de nutrientes nos períodos de maior precipitação no DD do que na FP. O K+ foi o cátion que apresentou maior movimentação na SS no DD e o Al3+ na FP. O Ca2+se apresenta em maior concentração na SS do DD, seguido do K+, Al3+ e Mg2+. Na FP, o Al3+ se apresenta com a maior concentração seguido do K+,Ca2+ e do Mg2+. Dentre os elementos avaliados, os que apresentam menor concentração em ambas as áreas, foram o Fe2+ e o Mn2+. A média diária da evapotranspiração do dendezeiro foi de 3,2 mm. Do total de água precipitada, 45% foi evapotranspirada pelo dendezeiro e 15% da foi retida pelo dossel e o estipe do dendezeiro. A área apresenta um déficit e um excedente hídrico de 13 e 1407 mm por ano. O conteúdo de água volumétrica observado nas profundidades de 20 e 60 cm indica uma elevada movimentação da água com elevada infiltração e drenagem no solo. |