Efeitos do manejo florestal sustentável sobre a decomposição da serapilheira em uma floresta de terra firme na Amazônia Brasileira
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia - Itacoatiara Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia para Recursos Amazônicos |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7498 |
Resumo: | A floresta tropical vem sendo drasticamente alterada devido às ações humanas, com aumento das taxas de desmatamento ao redor do mundo e redução contínua de sua área. Com isso, o manejo florestal sustentável surge como uma alternativa para o uso das florestas, visando reduzir os impactos da exploração madeireira e possibilitar o uso sustentável dos seus recursos. Porém, o manejo florestal sustentável ainda provoca alterações no ecossistema, modificando a composição de espécies e os processos ecossistêmicos. Dentre estes processos está a ciclagem de nutrientes, que exerce um papel fundamental nos ecossistemas, afetando a produtividade e a estrutura da vegetação. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do manejo florestal sustentável e do tempo transcorrido após a exploração sobre a taxa de decomposição da serapilheira em uma floresta de terra firme na Amazônia brasileira. O experimento foi conduzido em 11 áreas com diferentes anos de exploração (2003 a 2017) e em uma área controle. Para avaliar os efeitos do manejo florestal sobre a decomposição da serapilheira foram instalados, durante a estação seca e durante a estação chuvosa, 960 litter bags contendo 10g de material vegetal seco, totalizando 80 litter bags em cada área avaliada. A partir da sua instalação, aos 30, 60, 90 e 120 dias, foram coletados 20 litter bags de cada área amostrada. Para obtenção das taxas de decomposição foi calculado o peso do material vegetal após 30, 60, 90 e 120 dias de exposição. Os resultados mostraram que a taxa de decomposição da serapilheira variou de acordo com o ano de exploração, com o período de amostragem e com o volume de madeira explorado. Ainda, a cobertura do dossel não teve influência sobre a taxa de decomposição e não houve correlação entre precipitação e taxa de decomposição. Os resultados mostram um efeito perceptível de aumento das taxas de decomposição da serapilheira nas áreas exploradas. Este aumento da taxa de decomposição pode contribuir para o crescimento e reestruturação da floresta após a exploração, liberando nutrientes que serão usados pelas espécies pioneiras e por árvores remanescentes do extrato médio para crescimento. As alterações nas taxas de decomposição em áreas com 15 anos transcorridos após a exploração sugerem que o manejo florestal sustentável provoca impactos de longo prazo na dinâmica de ciclagem de nutrientes do ambiente florestal. |