Avaliação da resposta sorológica ao antígeno MSP1 de Plasmodium vivax em uma comunidade da Amazônia brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Versiani, Fernanda Guimarães
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/1991246824956523
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Imunologia Básica e Aplicada
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7323
Resumo: A malária ou paludismo é uma doença parasitária de grande relevância mundial que, provocada por protozoários do gênero Plasmodium¸ é responsável por altos índices de morbidade e mortalidade, sobretudo nas regiões tropicais do planeta. O protozoário P. falciparum é o parasita relacionado aos casos mais graves da doença tendo sido mais intensamente estudado, no entanto, o P. vivax é geograficamente o parasita mais amplamente distribuído, responsável por 80 a 300 milhões de casos estimados, incluindo casos graves e mortes. Em regiões endêmicas, a exposição freqüente aos parasitas leva ao surgimento de indivíduos portadores de malária assintomática, cujo o desenvolvimento de uma imunidade natural os protegem dos sintomas clínicos da doença. Um dos antígenos capazes de gerar resposta imune específica é a proteína 1 de superfície do merozoíto (MSP1), conhecida por seu papel na invasão celular do hospedeiro. Neste estudo, nós analisamos a resposta imune contra as porções N e C terminais da MSP1 da espécie P.vivax em 312 soros de uma população proveniente de um assentamento rural localizado na região do rio Pardo, no Estado do Amazonas. 47 (15,06%) dos indivíduos foram diagnosticados com infecção malárica. Houve correlação entre o número de infecções anteriores e o tempo de residência na região (p=0,000), idade e presença de infecção (p=0,026) e número de infecções anteriores o tempo desde o último episódio malárico (p=0,000). Não foi observada correlação entre idade e número de infecções anteriores (p=0,388). 159 (51,0%) apresentaram IgG total contra a porção C-terminal (ICB-10) e 92 (29,5%) contra a porção N-terminal (ICB2-5) da proteína MSP1 (p=0,000). Não houve relação entre a presença de anticorpos IgG total contra o fragmento ICB2-5 (p=0,747) ou contra o fragmento ICB-10 (p=0,515) e proteção clínica quando efetuada análise de sobrevida com acompanhamento dos indivíduos por 360 dias. Porém, quando avaliado o período de 9 meses, a presença de IgG3 contra ICB2-5 foi relacionada à proteção clínica (p=0,039). Adicionalmente, indivíduos que não tiveram infecção malárica no período de 360 dias de seguimento, apresentaram níveis de IgG3 contra ICB2-5 significativamente maiores (p=0,003) que os indivíduos que tiveram episódio de infecção. Nossos dados sugerem que a presença de IgG3 contra a porção N-terminal da proteína MSP1 constitui-se como marcador soro-epidemiológico de proteção clínica em indivíduos provenientes de regiões endêmicas.