Contexto socioambiental e percepção da doença de Chagas no Alto Solimões, Amazonas
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente - Humaitá Brasil UFAM Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8848 |
Resumo: | O ambiente natural vem se deteriorando em processos dinâmicos de cunho evolutivo e histórico. Neste pensar, décadas se passaram e as perdas e alterações desse patrimônio natural são visíveis se mostrando adoecido e danificado. O fruto dessa desordem tem muitos nomes chamados, mudanças ambientais, desmatamento, queimadas, poluição hídrica, alterações climáticas, desigualdades sociais, surgimento e ressurgimento de doenças. Entre estas podemos destacar a epidemiologia da doença de Chagas que desde sua descoberta por Carlos Chagas, essa enfermidade continua cada vez mais crescente e presente nos diferentes estados da Amazônia Brasileira. No estado do Amazonas a transmissão na região tem sido apontada para a forma oral, sendo a contaminação de alimentos contaminados como, por exemplo, o açaí, bacaba, patuá, caldo de cana e vinho de buriti. Com isso, o objetivo desta pesquisa foi analisar o quadro epidemiológico da doença de Chagas no estado do Amazonas entre os anos de 2010 a 2019. Como complementações para corresponder o estudo no Alto Solimões foram necessários: a realização de um diagnóstico socioambiental e a percepção da população urbana e dos produtores artesanais de açaí sobre a DC nos municípios de Tabatinga e Benjamin Constant no Alto Solimões. A metodologia empregada se deve a utilização das técnicas em pesquisa bibliográfica, documental e de campo. Para o panorama epidemiológico, realizou-se um levantamento da doença de Chagas no estado do Amazonas entre os anos de 2010 a 2019 com coletas de dados secundários das variáveis: sexo, idade, forma de transmissão, municípios com registros de casos positivos, informações estas colhidas no DATASUS. Para o diagnóstico socioambiental e percepção da DC no Alto Solimões o estudo baseou-se em realização de entrevista orientada por um formulário, contendo questões sociais, ambientais e epidemiológicas sobre percepção da doença de Chagas e das práticas socioambientais. Como resultado desta pesquisa, constatou-se que no período de 2010 a 2019, ocorreu um total de 125 casos de DC no estado do Amazonas. Os anos que apresentaram a maior ocorrência foram 2014 e 2019, durante os meses de agosto, setembro e dezembro, a forma de transmissão mais citada no estudo se deve, por via oral. Desta forma, a implementação de atividades de educação em saúde e monitoramento que funcionem em longo prazo, nas áreas rurais e urbanas dos 62 municípios do estado do Amazonas se fazem necessárias para conter como forma preventiva futuros surtos de contaminação da doença na região. Do município de Tabatinga e Benjamin Constant na região do Alto Solimões o estudo alcançou uma amostra total de 230 indivíduos, distribuídos em 200 moradores da população urbana e 30 produtores artesanais de açaí. Onde a faixa etária geral correspondeu dos 19 a 80 anos e o gênero que mais se destacou foi o feminino. Por fim, constatou-se que todos os dois grupos sociais entrevistados nos dois municípios no interior do estado do Amazonas não conheciam a doença de Chagas, mas entendem a importância das questões socioambientais locais na região. Portanto, o ser humano como principal degradador dos recursos naturais necessita repensar suas práticas e adquirir consciência sobre suas ações frente às questões socioambientais para desenvolver sustentabilidade efetiva, estrutural e afetiva. |