Relações de poder no interior das conjugalidades: a face oculta da violência contra as mulheres atendidas no SAPEM Manaus - Am

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pedraça, Aline dos Santos
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/2302805452035186
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Serviço Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7522
Resumo: A presente Dissertação apresenta a discussão sobre as relações de poder no interior das conjugalidades. A relevância deste estudo justifica-se pela necessidade de se criar políticas públicas de caráter preventivo capaz de inibir a prática da violência contra a mulher no âmbito conjugal. Através deste estudo, objetiva-se analisar as várias faces da violência sofrida pelas mulheres atendidas pelo Serviço de Apoio Emergencial a Mulher (SAPEM). Propõe-se também, averiguar como as mulheres vivenciam a violência no âmbito das relações conjugais e os elementos que elas consideram relação de poder. O trabalho assume o aporte teórico e metodológico das abordagens qualitativa, sem excluir os dados quantitativos, tendo como lócus da pesquisa o SAPEM, que é uma das instituições que compõe a Rede de Atenção a Mulher no Estado do Amazonas. Como instrumento de investigação, utilizamos o aporte da entrevista semiestruturada com dez sujeitos femininos vítima de violência conjugal e com três profissionais do SAPEM, sendo uma Assistente Social, uma Psicóloga e uma Advogada. Todos os sujeitos foram identificados por nomes fictícios para atender os critérios éticos da pesquisa. Quanto aos múltiplos resultados apresentados, o presente estudo apontou que o sentimento de posse do sujeito masculino sobre o sujeito feminino atrelado as relações desiguais de poder no âmbito conjugal é o desencadeador das diferentes formas de violência praticado contra a mulher. Evidenciou-se que o sujeito feminino demonstra medo de romper a relação com seu cônjuge devido a sua condição subalternizada da qual vive. Constatou-se também a necessidade de se realizar mudanças por parte dos órgãos competentes que compõe a rede como a melhoria do atendimento oferecido pela Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher, assim como no sistema de Justiça que trabalha na defesa dos direitos femininos. Por fim, acredita-se que este estudo possa levar uma reflexão sobre a violência conjugal, e assim, nortear Estado e sociedade civil na construção de alternativas capaz de sensibilizar as mulheres a romper com o ciclo da violência para viverem novas perspectivas de vida enquanto mulheres portadoras de direitos.