Relações de poder no interior das conjugalidades: a face oculta da violência contra as mulheres atendidas no SAPEM Manaus - Am
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Serviço Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7522 |
Resumo: | A presente Dissertação apresenta a discussão sobre as relações de poder no interior das conjugalidades. A relevância deste estudo justifica-se pela necessidade de se criar políticas públicas de caráter preventivo capaz de inibir a prática da violência contra a mulher no âmbito conjugal. Através deste estudo, objetiva-se analisar as várias faces da violência sofrida pelas mulheres atendidas pelo Serviço de Apoio Emergencial a Mulher (SAPEM). Propõe-se também, averiguar como as mulheres vivenciam a violência no âmbito das relações conjugais e os elementos que elas consideram relação de poder. O trabalho assume o aporte teórico e metodológico das abordagens qualitativa, sem excluir os dados quantitativos, tendo como lócus da pesquisa o SAPEM, que é uma das instituições que compõe a Rede de Atenção a Mulher no Estado do Amazonas. Como instrumento de investigação, utilizamos o aporte da entrevista semiestruturada com dez sujeitos femininos vítima de violência conjugal e com três profissionais do SAPEM, sendo uma Assistente Social, uma Psicóloga e uma Advogada. Todos os sujeitos foram identificados por nomes fictícios para atender os critérios éticos da pesquisa. Quanto aos múltiplos resultados apresentados, o presente estudo apontou que o sentimento de posse do sujeito masculino sobre o sujeito feminino atrelado as relações desiguais de poder no âmbito conjugal é o desencadeador das diferentes formas de violência praticado contra a mulher. Evidenciou-se que o sujeito feminino demonstra medo de romper a relação com seu cônjuge devido a sua condição subalternizada da qual vive. Constatou-se também a necessidade de se realizar mudanças por parte dos órgãos competentes que compõe a rede como a melhoria do atendimento oferecido pela Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher, assim como no sistema de Justiça que trabalha na defesa dos direitos femininos. Por fim, acredita-se que este estudo possa levar uma reflexão sobre a violência conjugal, e assim, nortear Estado e sociedade civil na construção de alternativas capaz de sensibilizar as mulheres a romper com o ciclo da violência para viverem novas perspectivas de vida enquanto mulheres portadoras de direitos. |