Controle de qualidade físico-químico e efeito cicatrizante de uma pomada orabase de extrato libidibia ferrea l. Para tratamento de úlceras da cavidade bucal.
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Odontologia Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Odontologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7486 |
Resumo: | As úlceras aftosas recorrentes e traumáticas constituem uma patologia bastante comum na odontologia, porém os tratamentos instituídos nem sempre alcançam o sucesso esperado. Dentro da fitoterapia, a Libidibia ferrea L., conhecida como jucá ou pau-ferro, é bastante utilizada por apresentar propriedades terapêuticas cicatrizantes, anti-inflamatória, analgésica e antimicrobiana. O objetivo deste estudo foi realizar o controle de qualidade físico-químico e avaliar o efeito cicatricial de uma pomada orabase a base de Libidibia ferrea L. a 2% em úlceras orais induzidas em ratos. No estudo 1, “in vitro” foram realizados os testes de centrifugação, pH, densidade, comportamento reológico e controle microbiológico pela determinação de contaminantes/patógenos, caracteres organolépticos e análise do perfil fitoquímico em HPLC em três condições de armazenamento, nos períodos experimentais de 0, 30 e 60 dias. No estudo 2, “in vivo” foi avaliado a ação cicatrizante da pomada em úlceras induzidas na mucosa bucal de ratos, onde os animais foram divididos em 3 grupos: controle positivo (tratamento com a pomada acetonida de triancinolona), controle orabase (tratados somente com a orabase) e grupo teste (utilizando a pomada de L. ferrea L. a 2%), e avaliados nos dias 1, 5 e 10 dias pós indução ulcerativa. No teste centrifugação, observou-se a separação de 1 fase em todos os ambientes de armazenamento e tempos testados; no teste do pH, a formulação manteve-se estável (pH entre 6,01 a 6,67); para avaliação do comportamento reológico as mesmas mantiveram-se constantes; na avaliação de contaminantes não houve crescimento em todas condições testadas. As amostras apresentaram coloração amarronzada clara (Tâmara), odor forte e aromático, com presença de brilho e consistência lisa, ausente de granulações nas condições testadas. Em relação ao diâmetro das úlceras, o grupo controle positivo não demonstrou diferença significativa entre os tempos testados (p=0,994). Já na comparação intergrupos, na análise do dia 5, os diâmetros das úlceras do grupo Jucá foram significativamente menores em comparação aos demais grupos (p=0,005). Quanto ao padrão histológico, apenas no dia 10 houve diferenças significativas (p=0,002), com o grupo teste (score 0) orabase (score 1) e positivo (score 3). Em relação ao peso dos animais, todos os grupos aumentaram ou mantiveram o peso ao final do período de dez dias de experimento. Pode-se concluir que a são três os compostos majoritários da solução analisada: ácido gálico, ácido elágico e rutina. A formulação testada apresentou estabilidade físico-química em todos os tempos e condições de armazenamento, sem alteração de cor, odor e consistência, elevada viscosidade e ausência de contaminantes bacterianos e/ou fúngicos, Assim como, houve redução significativa das úlceras tratadas com a pomada orabase de L. ferrea L. a 2% quando comparada aos demais grupos, comprovando a atividade cicatricial da formulação fitoterápica proposta quando utilizada para tratamento de úlceras bucais. |