Avaliação da adesão e do impacto do protocolo de higiene bucal na redução de pneumonia nosocomial em crianças e adolescentes em Unidade de Terapia Intensiva
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Medicina Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10514 |
Resumo: | A assistência odontológica a nível de unidade de terapia intensiva seria benéfica ao paciente crítico, em virtude da influência do estado de saúde dos pacientes internados na evolução de seus quadros clínicos. Pesquisadores demonstraram que protocolos de higiene bucal que associam a aplicação de clorexidina 0,12% a remoção mecânica do biofilme tem sido eficientes na redução de casos de pneumonias hospitalares. Há uma escassez de estudos que determinem um melhor protocolo de higiene bucal para populações pediátricas. O presente estudo tem por objetivo determinar o impacto da aplicação de um protocolo de higiene bucal (POP nº46/HPSCZO) em uma população pediátrica internada em UTI de um hospital público no estado do Amazonas. Trata-se de uma coorte prospectiva, no qual 152 pacientes com idade entre 0 a 18 anos foram submetidos ao protocolo, implantado no hospital em 2023. As variáveis estudadas foram: zona geográfica de residência; motivo de internação em UTI; taxas de infecção por pneumonia hospitalar; uso de ventilação mecânica; adesão dos profissionais enfermeiros e técnicos de enfermagem ao protocolo; evolução clínica; alterações bucais e resultados de exames laboratoriais de cultura. Foi elaborado um questionário, para registro de dados sociodemográficos e clínicos/laboratoriais dos pacientes, e também de questões referentes à adesão do protocolo. Utilizou-se as taxas de pneumonia hospitalar para comparação entre o ano de 2022, anterior à implantação do POP nº46/HPSCZO, e o ano de 2023, referente à sua implantação. Dos 152 pacientes avaliados, a maioria foi do sexo masculino (61,2 %). O grupo etário mais predominante foi menor de 1 ano (43,4%). 19,7% vieram a óbito. Além disso, 90,6% fizeram uso de ventilação mecânica. Uma melhora clínica nas alterações periodontais, lesões de mucosa e sangramento na alta hospitalar foi verificada após aplicação do protocolo. Observou-se que adesão ao protocolo foi significativamente superior na avaliação de saída dos pacientes da UTI em comparação com a avaliação de admissão (p=0,001). Ao comparar a taxa anual de pneumonias hospitalares entre o ano de 2022 e 2023, constatou-se valor de 15,57% referente ao ano 2022 e 8,66% a 2023. O microrganismo mais frequentemente associado ao desenvolvimento de pneumonia hospitalar foi Klebsiella pneumoniae. Evidenciou-se uma melhora nas condições de saúde bucal dos pacientes na alta da UTI, e uma adesão positiva dos profissionais de saúde na aplicação do POP nº46/HPSCZO. Observou-se uma queda nas taxas de pneumonias hospitalares nas UTIS do HPSCZO no ano de 2023. |