A estratégia saúde da família: um estudo na realidade do bairro Mauazinho
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras BR UFAM Programa de Pós-Graduação em Serviço Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2697 |
Resumo: | O presente estudo tem como objetivo analisar a operacionalização da Estratégia Saúde da Família no bairro do Mauazinho, a partir da perspectiva dos usuários sobre os serviços recebidos, dando destaque aos desafios que configuram no seu cotidiano, e estão associadas a uma rede de serviços do Sistema Único de Saúde para garantir a atenção integral aos indivíduos e famílias. Sendo assim, contextualizamos o processo histórico de implementação do SUS em Manaus, mapeando as ações de políticas públicas de saúde a partir desse cenário; Além disso, o trabalho em questão pretende evidenciar como estão sendo realizadas as ações de promoção da saúde no processo de operacionalização da ESF; Revelar a estruturação da atuação da equipe profissional sob o enfoque da interdisciplinaridade; bem como, identificar o processo de participação social na ESF. Para alcançar esses objetivos realizamos um estudo de caso qualitativo, realizado na Unidade Saúde da Família L 18, no Bairro da Mauazinho, onde os dados e informações foram coletados ao longo do processo de estudo, sendo em seguida analisados sempre à luz do referencial teórico. Convém destacar que o referido trabalho possibilitará um melhor entendimento, quanto a operacionalização da Estratégia de Saúde da Família no bairro do Mauazinho, assim como exemplificar o programa em Manaus. Este estudo visa contribuir para a melhoria das políticas públicas de saúde no contexto manauara, nas ciências sociais aplicadas, e nas ciências da saúde, bem como para um melhor desempenho das políticas públicas neste contexto. Outrossim, as abordagens acerca das categorias, promoção da saúde, interdisciplinaridade e participação social, suscitam o entendimento da operacionalização da Estratégia Saúde da Família na perspectiva dos usuários no contexto social adequados ao direito à saúde como atenção integral ao cidadão. Na presente pesquisa os principais resultados alcançados apontam que: a atuação dos profissionais na realidade desta pesquisa são ações isoladas, voltadas a uma atenção curativa, onde repercute o modelo tradicional de saúde voltado a cura de doenças, um fator preponderante que aponta o mais baixo nível da interdisciplinaridade, a multidisciplinaridade na equipe. Sendo assim, o contraste entre o discurso e a prática da promoção da saúde e da participação social em saúde, nos mostra uma série de desencontros e contradições nas construções de vínculos entre a comunidade e a equipe de trabalho. Pois, ficou evidente que as ações de saúde realizadas estão concentradas na resolução dos problemas clínicos. E as ações de promoção da saúde que envolvem as palestras educativas, as campanhas de prevenção e as visitas domiciliares, dentre outras atividades, foram avaliadas como formas positivas das ações de saúde, porém o que está deixando as famílias insatisfeitas é a ausência atualmente destas atividades na comunidade. E a participação social através do controle social, ainda é insipiente no contexto analisado, pois as pessoas ainda não estão conscientes de sua importância no processo das políticas de saúde. Finalmente, foi possível concluir neste estudo que saúde da família avançou, mais não transformou, pois nos deparamos com ações que intensificam ainda mais o paternalismo, com ações não emancipatórias. Onde o empoderamento político das famílias não acontece nos espaços democráticos, onde há incluídos e excluídos. Incluídos porque tem acesso aos serviços de saúde, mas surge a exclusão quando não há a participação da comunidade no controle social, ou nas ações de educação em saúde. |