Estudo da corrosão do aço 1020 no solo natural argiloso da região Amazônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Castro, Dênis de Freitas
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/1376327600673487
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Tecnologia
BR
UFAM
Programa de Pós-graduação em Engenharia de Recursos da Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2361
Resumo: O estudo do solo como meio corrosivo é considerado de grande importância, em função do elevado número de tubulações e reservatórios instalados dentro do mesmo. A deterioração dessas estruturas, com o passar dos anos, pode representar um problema real para a economia e para o meio ambiente. Diversos métodos têm sido propostos para estudar e monitorar processos de corrosão, tais como: ensaios de perda de massa, análise de solução, análises eletroquímicas e microbiológicas. Nesta pesquisa utilizou-se o aço AISI 1020, devido a sua composição química ser similar aos aços da maioria dos oleodutos e gasodutos caso do gasoduto Urucu-Coari-Manaus. Neste contexto, determinou-se a corrosividade de um solo característico da região amazônica por técnicas analíticas e biológicas. A caracterização geotécnica do solo amazônico realizou-se por meio da determinação da massa específica, limites de liquidez e plasticidade, e granulometria, de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Para as análises de perda de massas trabalhou-se com amostras in natura e com esterilização em autoclave. Para as amostras in natura fizeram-se três tipos de análises: uma colocada em um frasco contendo o aço 1020 e enterrada no solo in natura; e as outras duas amostras com o aço enterrado em extrato aquoso do solo (sem e com limpeza do aço com isopropanol). Outra análise com duas amostras esterilizadas. Para os cálculos da taxa de corrosão (normas NACE-RP-07-75 e ASTMG1- 90) realizaram-se medidas diárias em um período de 30 dias. Analisou-se a presença de micro e macronutrientes por espectrofotometria de absorção atômica no solo, a concentração dos elementos químicos no extrato aquoso do solo por fluorescência de raios-x por reflexão total e análise microbiológica para identificação do gênero e espécie de bactérias corrosivas. Os resultados geotécnicos foram: a) a massa específica igual a 2,571 g/cm³; b) curva granulométrica indicando matriz argilosa da ordem de 76,08%; e c) limite de liquidez de 83% e LP igual a 41%, portanto um IP = 42%. O conjunto desses valores enquadrou o material natural, conforme a classificação do Transportation Research Board (TRB), no grupo A-7, relativo aos solos argilosos. Referente à análise de perda de massa, esta indicou que se trata de amostras severas segundo a resolução da norma comparativa da NACE-RP-07-75, tanto para as amostras in natura como para as amostras esterilizadas, havendo um ressalvo de que as amostras esterilizadas apresentaram obviamente taxas mais baixa do que as in natura. As análises de micro e macronutrientes do solo identificaram elementos que conferem valores médios em capacidade de troca catiônica apresentando partículas coloidais que conferem ao solo argiloso maior agressividade. Já a técnica de fluorescência de raios-x identificaram elementos fundamentais para este estudo como S e Cl, elementos agentes de corrosividade. A análise microbiológica identificou o gênero de bactérias Thiobacillus Thiooxidans, capazes de oxidar S (enxofre) ou compostos de S a sulfato, com simultânea produção de ácido sulfúrico, que age como agente corrosivo. Nesta perspectiva verifica-se o bom desempenho do estudo da corrosão do aço AISI 1020 no solo natural argiloso da região amazônica.