Apoio matricial em saúde mental na atenção primária - da concepção aos desafios: revisão integrativa da literatura
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Medicina Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8421 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: O matriciamento ou apoio matricial é um modo de produzir saúde em que duas ou mais equipes, num processo de construção compartilhada, criam uma proposta de intervenção pedagógico-terapêutica no campo da saúde mental. OBJETIVO: Sintetizar resultados obtidos em pesquisas sobre a prática de matriciamento em saúde mental na atenção primária, com base nas diretrizes do Guia Prático de Matriciamento em Saúde Mental do Ministério da Saúde. MÉTODO: Revisão integrativa da literatura, considerando publicações do período de 2011-2020, elaborada em seis etapas: identificação do tema e formulação da pergunta de pesquisa para elaboração da revisão; amostragem e estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão dos artigos pesquisados; extração de dados dos estudos primários; avaliação dos artigos incluídos na revisão; análise e síntese dos resultados da revisão e; apresentação dos resultados da revisão integrativa. Foram utilizadas como fontes de informações as bases de dados LILACS, BDENF, Index Psi, IBECS e MEDLINE. Usou-se os descritores controlados “pessoal da saúde”, “saúde mental”, “atenção primária à saúde” e a palavra-chave “apoio matricial”, nos idiomas português, inglês e espanhol. RESULTADOS: Foram selecionados 05 artigos que atenderam aos critérios de inclusão, classificados por força de evidência científica e dispostos em um quadro-síntese para análise descritiva. Destes, nas bases de dados: 50% LILACS, 25% BDENF, 12,5% INDEX PSI e 12,5% MEDLINE. Dos elegíveis, 100% são de publicações brasileiras. Destaca-se que 02 (40%) periódicos eram da área de Saúde Coletiva. Quanto aos anos de publicação, as maiores ocorrências foram entre os anos de 2014 e 2020. Em relação à formação dos autores principais, 60% enfermeiros, 20% médicos e 20% psicólogos. A maior concentração de publicação de artigos publicados foi no Brasil (100%) e da região sul (60%). Quanto ao desenho de estudo, houve predominância de estudos qualitativos (100%). A população investigada nos manuscritos foi majoritariamente de profissionais da saúde que atuavam na atenção primária à saúde, notadamente, na estratégia saúde da família. Com base na AHRQ, 100% dos artigos foram classificados como nível de evidência VI (evidências baseadas em estudos descritivos e qualitativos). Em relação às categorias temáticas formuladas com base no guia prático de saúde mental do Ministério da Saúde, 60% evidenciaram a importância do matriciamento em saúde mental, 80% contemplam os instrumentos terapêuticos e intervenções, 100% vivenciam as situações mais comuns da saúde mental na APS e 100% destacaram as dificuldades das equipes da APS em entenderem o que é matriciamento e o excesso de demandas para a ESF como os principais desafios para a prática do matriciamento na atenção primária. CONCLUSÃO: As conclusões de todos os artigos apontam que a concepção dos profissionais da atenção primária à saúde sobre matriciamento em saúde mental ainda não está clara e há muitas incertezas e expectativas equivocadas por parte desses profissionais. As escassas definições identificaram a relevância do apoio matricial como uma estratégia de descentralização e desresponsabilização dos serviços especializados no atendimento em saúde mental. |