AJURI: O saber tradicional dos agricultores familiares no contexto amazônico
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7458 |
Resumo: | O processo de apropriação e gestão territorial pelos habitantes da hinterlândia Amazônica, constituídos por distintos atores sociais, diferentes famílias, por diversos filhos (as) da floresta, em grupamentos comunitários, que trabalham o manejo e uso da terra, cujos ensinamentos, histórias, conselhos valorosos, repassados de geração a geração, no mundo simbólico, segundo seus costumes e saberes produzidos por si e pela troca de saberes preservados na memória biocultural, em relação a preservação, conservação e valorização de formas de organização, trabalho, sociedade e cultura. O objetivo deste trabalho consistiu-se em inquirir as contribuições do trabalho coletivo denominado ajuri na formação sociocultural dos agricultores familiares nas comunidades de assentamento oficial (rural) e de ocupações espontâneas, da Região Metropolitana de Manaus - RMM. Com destaque nas contribuições do processo de formação de ajuri enquanto prática de solidariedade e sociabilidade nas comunidades dos agricultores familiares, na influência de valores culturais e na importância dos ajuris nas questões sociais, culturais e ambientais, relacionados a produção agrícola. O método de pesquisa foi estruturado numa análise de duas metodologias. A primeira com base no referencial bibliográfico histórico e atual, na pesquisa-ação etnográfica com enfoque qualiquantitativo e a segunda ancorada nos fundamentos do Discurso do Sujeito Coletivo – DSC, tendo como sujeitos partícipes, grupos de agricultores familiares de comunidade praticantes do trabalho coletivo em regime de ajuri, que comercializam diretamente seus produtos em feiras da RMM. O primeiro capítulo, “A Conquista da Hinterlândia Amazônica”, abordando o histórico processo de ocupação territorial, exploração da mão-de-obra indígena e da biodiversidade da floresta e da agricultura nativa. O segundo capítulo, “Os Sistemas de Produção da Agricultura Familiar no Contexto Amazônico”, descreve os diferentes agroecossitemas das unidades agrícolas familiares, o que produz, como produz e o destino da produção. O terceiro capitulo, “O Trabalho Coletivo em Ajuri nas UAFs da RMM”, aborda a epistemologia do trabalho coletivo social e solidário em regime de ajuri, o processo de formação de ajuri nas unidades agrícolas familiares, da Região Metropolitana de Manaus, bem como, a sua influência nas questões sociais, culturais e ambientais. Nas considerações finais, contextualiza-se o processo histórico social e cultural civilizador, da conquista do território da hinterlândia Amazônica, da exploração do homem com a natureza e do homem com homem e da apropriação dos saberes preservados na memória biocultural, em relação aos valores sociais e culturais e nas formas de organização do trabalho coletivo social solidário em regime de ajuri, bem como, a relação destes valores, com a questão da produção e consumo, garantindo a soberania e a segurança alimentar, no âmbito do desenvolvimento rural sustentável. |