Os idosos e os espaços de memória: um estudo sobre a Praça 14 de Janeiro na cidade de Manaus
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8883 |
Resumo: | As praças são espaços públicos que representam um referencial urbano marcado pela convivência humana, sendo recinto histórico e cultural urbano que acompanha o surgimento e o desenvolvimento das cidades. Sob este enfoque, o presente estudo teve como objetivo geral analisar a representação histórica, cultural, social e lúdica da Praça 14 de Janeiro na cidade de Manaus, particularmente a partir da memória dos idosos que a conheceram em um passado mais distante. Tratou-se de um estudo exploratório-descritivo envolvendo uma pesquisa de campo de abordagem qualitativa, realizada junto a um grupo de sete idosos que residem no bairro da Praça 14 de Janeiro, na cidade de Manaus. A obtenção dos dados ocorreu por meio de um roteiro de conversas semiestruturadas. Como resultado identificou-se que a representatividade histórica e cultural da Praça 14 de Janeiro se revela por meio de muitos acontecimentos importantes como as festas de aniversário do bairro; os desfiles de escolas de samba pelas ruas principais; a Festa de São Benedito, na Comunidade do Quilombo do Barranco; o Projeto Praça Iluminada, que acontecia aos domingos, trazendo cantores de Manaus e de outros estados do Brasil e festivais folclóricos. No campo político, destacam-se acontecimentos que marcam a história da praça como os comícios do Gilberto Mestrinho e do Plínio Coelho, do ex-prefeito Jorge Teixeira, Fabio Lucena e Amazonino Mendes. No que tange a representação social e lúdica, este logradouro público, tem grande significado, especialmente para os moradores mais antigos, por ter sido espaço de vivências juvenis; desenvolvimento de crenças religiosas; experiências culturais, como apreciar e dançar na escola de samba do bairro, enfim para suas interações sociais, que hoje fazem parte de suas memórias onde guardam a lembrança de amigos que já morreram, da primeira igreja católica construída de madeira, do sino que tocava pela manhã chamando os fiéis, do concurso de Boneca Viva, dos arraiais, das festas juninas, do novenário de Fátima, do encontro dos bois-bumbás rivais, do futebol que acontecia todas as tardes, das competições entre crianças, das corridas pedestres e de ciclistas, do parque que ficava na frente da igreja, entre tantas outras reminiscências. |