Associação entre idade na menarca e fatores de risco cardiovascular em uma população brasileira: estudo Corações de Baependi

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Martinho, Liana Carla Albuquerque Peres
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/6679738290577655
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Medicina
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10470
Resumo: As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte no Brasil e no mundo. Fatores cardiometabólicos, ambientais, sociais e comportamentais estão intrinsecamente relacionados a esta alta incidência, inclusive quando consideramos o sexo feminino. Nos últimos anos, estudos vêm demonstrando a associação entre menarca precoce e fatores de risco cardiovasculares. Contudo, os possíveis fatores capazes de mediar essa associação não são claramente conhecidos. Assim, o objetivo do presente estudo é avaliar se a menarca precoce está associada a obesidade e hipertensão na vida adulta. Para isso, foram avaliadas 1524 mulheres com idade entre 18 e 100 anos, residentes na cidade de Baependi - MG. As informações relacionadas à vida reprodutiva das mulheres, incluindo idade da menarca e menopausa, foram captadas por meio de um questionário específico. As variáveis hemodinâmicas, antropométricas e bioquímicas foram avaliadas por meio de protocolos padrão. Os resultados demonstraram que a média de idade das mulheres foi de 45,5 anos e 21,3% delas apresentaram menarca precoce. A frequência de hipertensão foi 38,7%. A idade da menarca foi inferior nas mulheres pós-menopausa. Nas mulheres pré-menopausadas, a presença da menarca precoce elevou em 58% as chances de hipertensão em um modelo ajustado para idade, obesidade e tabagismo [(OR 1,581;(IC95% 1,016-2,461)]. Entretanto, em mulheres pós-menopausadas, a idade, obesidade e diabetes foram os únicos preditores de hipertensão, enquanto a menarca precoce não entrou no modelo. Esperamos que o presente estudo traga informações adicionais sobre a associação entre menarca precoce e fatores de risco cardiovasculares, pois a identificação desses fatores e seus possíveis mediadores, pode contribuir com a elaboração de estratégias de prevenção primária mais oportunas, a fim de produzir melhores resultados clínicos.