Análise espacial da produção de plantas medicinais prioritárias no estado do Amazonas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Macuácua, Xadreque Vitorino
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/8552028338199788 Endereço
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Centro de Ciências do Ambiente
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9224
Resumo: O estado do Amazonas, o maior do país e que detém de 60% do total da floresta amazônica, se esperaria que fosse um importante produtor de insumos e de produtos para as redes de cadeias de valor do mercado de plantas medicinais e fitoterápicos. No entanto, não se tem registros de que haja produção em escala de insumos organizada que atenda as exigências e demandas desse mercado de saúde. Este estudo de visualização geográfica busca contribuir para o entendimento do setor primário das cadeias produtivas de fitoterápicos, mediante a caracterização dos sistemas de manejo das espécies priorizadas, o mapeamento dos produtores e a ocorrência dessas espécies cultivadas ou coletadas e buscando identificar as redes de comercialização de plantas medicinais e fitoterápicas no estado do Amazonas. Para a análise da distribuição geográfica recorreu-se às informações provenientes coleções científicas conectadas ao sistema Flora e Fungos do Brasil. Para as análises espacial dos dados secundários sobre produção obtidos do Cadastro Nacional dos Produtores Orgânicos (CNPO) e de Censo Agropecuário de 2017, foram utilizados os métodos de análise exploratória multivariada dos dados, mediante a combinação das técnicas de Análise de Correspondência Distendida, Análise Exploratória de Dados Espaciais (AEDE), Análise espacial hotspot de produção orgânica a Análise de redes. Para a caracterização agronômica das espécies foram considerados os critérios de: formas de obtenção; escala de manejo; boas práticas; volume produzido e a organização da cadeia de valor; caraterísticas silviculturais e o grau de domesticação da espécie. Possibilitando a criação de uma matriz binaria para a análise de agrupamento que para identificar o grau de similaridade entre as espécies. Do total das 36 espécies prioritárias analisadas, 28 têm suas ocorrências geograficamente confirmadas em grande parte do território brasileiro em mais de 10 estados ou possuem condições e caraterísticas ambientais para a sua ocorrência no estado de Amazonas. Entretanto, 8 espécies ocorrem ou têm caraterísticas e condições favoráveis para sua ocorrência no Amazonas e até em menos que 10 estados brasileiros. Concluiu-se que a distribuição geográfica das espécies e das suas áreas de coleta ou cultivo é aleatória. Mesmo que não se tenham sido obtidos registros importantes de cadeias produtivas destinadas ao mercado de fitoterápicos, e que as empresas produzem seu próprio insumo. 16 municípios se destacam pelo número de produtores ou de volume de produção com potencial para o mercado de fitoterápico. Ainda que muitas espécies priorizadas sejam coletadas ou cultivadas por suas multifuncionalidades, devido à ausência de políticas de comercialização no setor de fitoterápicos, essas produções são direcionadas para outros seguimentos do mercado de produtos vegetais, notadamente as indústrias de alimentos, de suplementos alimentares e de cosméticos. O mercado dessas plantas medicinais está estabelecido em pequena escala, em cadeias locais curtas, de forma difusa e pouco organizada no Estado, com raras exceções com a do estudo de caso apresentado da “Farmácia Verde de Manicoré”.