Efeitos da mercerização em fibras de Piaçava Amazônica (Leopoldinia piassaba) para produção de painéis de partículas de média densidade
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Tecnologia Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5582 |
Resumo: | Com a demanda por novos materiais economicamente viáveis e ecologicamente corretos, muitas pesquisas estão sendo desenvolvidas, a fim de minimizar os impactos ocasionados pela exploração e produção de materiais provenientes de fontes não sustentáveis e/ou renováveis. Em vista disto, materiais compósitos com reforços de fibras vegetais estão sendo alvo de estudos, com o intuito de viabilizar o uso de novas fontes de matéria-prima. Neste contexto, o presente trabalho apresenta um estudo sobre o potencial do uso de fibras de piaçava Amazônica (Leopoldinia piassaba) mercerizada com NaOH na produção de painéis de partículas de média densidade, utilizando como matriz polimérica a resina poliuretana bicomponente derivada de óleo de mamona (Ricinus Communis). Este estudo foi realizado em duas etapas, sendo a primeira composta pela caracterização morfológica, física e química da fibra de piaçava regional, bem como, um tratamento alcalino através da mercerização (NaOH), em concentrações de 5% e 10%, com o intuito de avaliar a adesão da fibra à matriz em painíes produzidos na próxima etapa. Assim, nesta segunta etapa, os painéis foram produzidos e suas características físicas e mecânicas foram avaliadas com base na Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 14810-2: 2013. Para a produção dos painéis fez-se uso de um planejamento experimental (2²+1), a fim de observar a influência e interação dos fatores envolvidos: concentração de resina e teor de tratamento. Análises físicas e morfológicas indicaram aumento da área superficial fibrilar e porosidade após tratamento químico, sendo que em maiores concentrações de solução alcalina (10% de NaOH) as fibras apresentaram desfibrilação. Esse fator pode ter ocorrido provavelmente pela retirada total ou parcial de alguns constituintes da fibra vegetal, tais como, hemicelulose, lignina, ceras e outros extrativos orgânicos. Além disso, o tratamento proporcionou limpeza parcial da superfície das fibras, reduzindo as protrusões ricas em sílica presentes no material, sem comprometer acentuadamente suas propriedades estruturais. Tais fatos contribuem para a variação nas propriedades físicas e mecânicas dos painéis, e consequentemente para o aumento da potencialidade do uso de fibras de piaçava, como matéria-prima em reforços para compósitos poliméricos. |