Os indígenas nas folhas do Jornal do Commercio (1904-1934): entre práticas e representações
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em História |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10802 |
Resumo: | Este trabalho trata-se de uma análise das relações entre as práticas e representações dos povos indígenas no estado do Amazonas, tomando como principal fonte as matérias e artigos do Jornal do Commercio. Partimos do recorte compreendido entre os anos de 1904 e 1933, tomando como marco o início da publicação do referido periódico e o momento, segundo conseguimos avançar, em que a incidência de notícias relacionadas aos povos indígenas diminui significativamente nas páginas do jornal. Esta janela temporal nos permite captar as nuances de uma época de grandes transformações socioculturais e políticas, onde a figura do indígena estava no cerne das discussões. Frequentemente, trabalhos sobre História Indígena não dialogam com periódicos, o que faz com que não tenhamos muitos estudos dedicado a esta temática partindo desta fonte de maneira conjunta, e esta é uma dimensão importante na nossa análise. A pesquisa destes dois domínios simultaneamente não apenas reitera o papel crucial dos periódicos como instrumentos valiosos para desvelar e compreender nosso passado, mas também revela os intricados mecanismos de produção e disseminação de discursos sobre os indígenas. Dentro das páginas do Jornal do Commercio, somos confrontados com uma diversidade de narrativas, muitas das quais foram moldadas pelos principais pensamentos, ideologias e agendas da época. Estas narrativas não se limitam a relatar eventos, mas também nos dão insights sobre os projetos e articulações que buscavam influenciar ou controlar a percepção e a vida dos povos indígenas. Ao se debruçar sobre esses registros, esse trabalho procura decifrar como esses discursos, em suas diversas facetas, contribuíram para moldar, reforçar ou contestar representações sobre o cotidiano indígena. Em suma, este trabalho não apenas aprofunda nosso entendimento da presença e percepção dos indígenas na sociedade da época, bem como ressalta a imprensa como um agente ativo e influente na construção e reconstrução da História Indígena no Amazonas. |