Entoação das frases declarativas e interrogativas totais no português falado em Maués, no Amazonas
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3973 |
Resumo: | O presente trabalho tem como objetivo principal analisar o comportamento entonacional dos falantes da cidade de Maués, no Amazonas. Trata-se de um estudo vinculado ao projeto AMPER, que busca descrever a prosódia das línguas românicas e, para isso, utiliza um corpus de sentenças declarativas e interrogativas totais. As sentenças do corpus podem ter 10, 13 e 14 vogais, sendo que os dois últimos tipos apresentam sintagma com extensão adjetival ou preposicionado, respectivamente, à direita do verbo, como em “O pássaro gosta do bisavô bêbado” ou “O pássaro gosta do Renato de Veneza”. No total, trabalhamos com um corpus de 396 frases, nas quais foram observados o pré-núcleo e o núcleo entonacionais, separadamente. Descrevemos, para essas regiões de acento, as configurações melódicas da frequência fundamental, duração e intensidade, a fim de identificarmos a característica prosódica das frases. Os dados são representados em gráficos gerados automaticamente com o auxílio de sripts e etiquetagens manuais através do software Praat. Nossos resultados mostraram que, na região nuclear, na modalidade declarativa o movimento inicial é baixo, seguido de um aumento de frequência na sílaba tônica e posterior declínio na pós-tônica. Na modalidade interrogativa os dados revelaram que o ataque silábico parte de uma frequência alta, seguida de queda e posterior subida na sílaba pós-tônica. Porém, além disso, o que nos chamou atenção em relação aos contornos expostos na descrição foi o comportamento da vogal final dos enunciados, isto é, o processo de elisão pelas quais passaram, com ausência de registro de frequência nesta posição frásica. Enquanto que para a duração não apresentaram valores que deixassem evidentes a distinção entre a frase declarativa e interrogativa, haja vista a proximidade das medidas expostas nos histogramas, apesar disso, na maioria dos casos, a interrogativa obteve medidas maiores, sobretudo nas sílabas tônicas. No que se refere à intensidade, as interrogativas exibiram energia mais elevada nas sílabas tônicas do que as declarativas. Na fala masculina essa distinção não ficou bem explícita, pois os valores médios de intensidade são muito próximos, enquanto que na fala feminina, ocorreram registros mais explícitos quanto aos valores de energia. |