Avaliação da qPCR para determinação de genes de Mycobacterium tuberculosis associados à resistência à Isoniazida e à Rifampicina em amostras de escarros de pacientes multibacilares com Tuberculose pulmonar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Neves, Suelen Ennes das
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/7130834147504690
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Farmacêuticas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5475
Resumo: A detecção precoce de resistência aos medicamentos utilizados no tratamento da tuberculose (TB), a partir de isolados de Mycobacterium tuberculosis, representa um desafio aos Programas de Controle de Tuberculose (PCT), pois a maioria dos testes de sensibilidade aos antimicrobianos necessita do isolamento do bacilo em meio de cultivo. Os métodos moleculares apresentam maiores possibilidades de determinação rápida da resistência, eles visam detectar mutações em genes de M. tuberculosis associados à resistência aos antimicrobianos e possuem resultados promissores para Isoniazida e Rifampicina, que são os principais fármacos do esquema terapêutico básico de tratamento da TB. O presente estudo avaliou o desempenho do ensaio PCR em Tempo Real (qPCR), diretamente de amostras de escarro e de isolados de cultivo de pacientes com TB pulmonar multibacilares, oriundos da Policlínica Cardoso Fontes. Foram analisadas 171 amostras por qPCR, tendo como alvo os genes: katG, inhA e rpoB e os resultados comparados com o Método de Nitrato Redutase (MNR). A frequência de resistência para as amostras avaliadas foi de 9,36% para Isoniazida, 5,85% para Rifampicina e 4,09% para ambos os fármacos. Os genes katG e rpoB foram associados a resistência a Isoniazida (p=0,0001; IC95% 3,61 a 21,01) e a Rifampicina (p=0,0001; IC95% 6,34 a 51,05), respectivamente. O gene inhA não apresentou associação a resistência a Isoniazida. Houve concordância aceitável entre ensaio fenotípico, MNR, e o qPCR (de amostras de escarro) para a detecção da mutação para os genes katG (Índice kappa: 0,4097) e rpoB (Índice kappa: 0,4985). Os genes selecionados katG e rpoB foram associados a resistência a Isoniazida e Rifampacina respectivamente, embora a qPCR tenha tido um desempenho inferior ao MNR neste estudo. Todavia, os testes moleculares continuam como alvos promissores para obtenção de resultados mais rápidos. Neste contexto, otimizações nos testes moleculares devem ser realizadas, para permitir diagnósticos mais rápidos e confiáveis para resistência aos fármacos anti-TB e, desta forma, proporcionar um tratamento adequado ao paciente e reduzir a transmissão da TB.