Caracterização geo-tecnológica de maciços graníticos da região nordeste do Estado do Amazonas com aplicação às rochas ornamentais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Maas, Elayne Cristina Andrade de Sousa
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/8490383324164647
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas
BR
UFAM
Programa de Pós-graduação em Geociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3266
Resumo: Os municípios de Barcelos e Presidente Figueiredo do Estado do Amazonas estão localizados em áreas compostas por maciços graníticos que apresentam qualidade, beleza e características tecnológicas favoráveis para serem explorados como rocha ornamental. O granito Vermelho Moura (Moura Barcelos), pertencente ao Granito Pedra do Gavião, apresenta composição sienogranítica de cor vermelho acinzentado e textura média-grossa. Já os granitos Castanhal Clássico, Terra Preta Nobre e Rosa Esperança, pertencentes à suíte intrusiva Água Branca (Presidente Figueiredo), apresenta os seguintes tipos faciológicos: álcali quartzo granito, sienogranito e álcali granito, diferenciados pelas colorações, aspectos texturais e composicionais. O granito Abonari Vermelho Real da suíte intrusiva Mapuera também encontra-se em Presidente Figueiredo e, classifica-se em álcali granito, de cor vermelho acinzentado e textura média-grossa. Os ensaios tecnológicos caracterizam os maciços de acordo com os seguintes padrões: a) Castanhal Clássico porosidade = 0,29%, densidade seca/saturada = 2,71 2,72 g/cm³, Absorção = 0,10%, resistência à compressão = 209,9 Mpa, desgaste abrasivo = 0,68 mm; b) Vermelho Moura porosidade = 0,68%, densidade seca/saturada = 2,65 2,66 g/cm³, Absorção = 0,25%, resistência à compressão = 120,5 Mpa, resistência à flexão = 10,5 , desgaste abrasivo = 0,5 mm, velocidade de ondas ultra sônicas = 5474 m/s; c) Abonari Real porosidade = 0,46%, densidade seca/saturada = 2,64 2,65 g/cm³, Absorção = 0,18%, resistência à compressão = 164,9 Mpa, resistência à flexão = 15,8 , desgaste abrasivo = 0,65 mm, velocidade de ondas ultra sônicas = 6123 m/s; d)Terra Preta Nobre porosidade = 0,35%, densidade seca/saturada = 2,67 2,68 g/cm³, Absorção = 0,13%, resistência à compressão = 151,6 Mpa, resistência à flexão = 22,3 , desgaste abrasivo = 0,46 mm, velocidade de ondas ultra sônicas = 6594 m/s; e) Rosa Esperança - porosidade = 0,87%, densidade seca/saturada = 2,62 2,63 g/cm³, Absorção = 0,35%, resistência à compressão = 253,8 Mpa, desgaste abrasivo = 0,33 mm. Os testes de índices físicos exibiram que o Castanhal Clássico e Terra Preta Nobre são os mais resistentes em função de suas altas densidades. A resistência à compressão destacou os granitos: Castanhal Clássico e Rosa Esperança. A resistência à flexão, embora realizado somente em 3 litótipos, enfatizou o Terra Preta Nobre. O ensaio de desgaste abrasivo elevou o Rosa Esperança como o melhor em função de seu alto teor de quartzo. O granito Vermelho Moura, de acordo com seus valores, foi o que exibiu menor competência físico-mecânica aos testes em relação aos demais litótipos, mas sobretudo dentro dos valores limítrofes das normas. A velocidade de ondas ultra-sônicas confirma os resultados dos testes. Os parâmetros mostrados de todos os granitos estão em perfeita consonância com os parâmetros tecnológicos estabelecidos pelas normas da ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas, os quais nos permitem qualificá-los como detentores de boa qualidade para rocha ornamental.