Perfil fisiológico e cinemático de cadeirantes basquetebolistas durante um teste intermitente incremental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Nascimento, Lucas de Souza
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/4211067482364855, https://orcid.org/0000-0002-1010-2049
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Educação Física e Fisioterapia
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Saúde, Sociedade e Endemias na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8293
Resumo: O Basquetebol em Cadeira de Rodas (BCR) é um esporte para pessoas com deficiência nos membros inferiores, apresentando um sistema de classificação funcional que permite a inclusão de vários níveis de lesão ou funcionalidade. Estudos fisiológicos e cinemáticos contribuem para o entendimento da extensão da deficiência e como se relaciona com o desempenho esportivo. O estudo tem como objetivo analisar o perfil fisiológico e cinemático de jogadores de basquetebol em cadeira de rodas durante o teste físico intermitente incremental. A amostra foi composta por 10 jogadores do sexo masculino com idades (37.44 ± 7.32), todos com mais de três anos de experiência em jogo. Os jogadores realizam o teste de campo incremental YoYo Test – IR1. Foram mensurados Pico do Consumo de Oxigênio (VO2pico), concentração sanguínea de lactato [La-] pré, imediatamente após e três minutos após o teste, frequência cardíaca (FC), limiares ventilatórios (LV1 e LV2), tempo de ciclo, tempo de contato, tempo de recuperação, flexão do cotovelo, rotação interna e externa do ombro e flexão e extensão do tronco, velocidade média e frequência propulsiva. Foi verificada a normalidade dos dados utilizando o teste de Shapiro-Wilk (p < 0.05). Foi realizada a correlação de Pearson entre o VO2pico, FC, LV1 e LV2 com a classificação funcional. Comparação entre os momentos baseados na LV1, LV2 e VO2pico foi realizada pelo ANOVA one-way de medidas repetidas (dados paramétricos) e o teste Friedman’s 2-way ANOVA (dados não paramétricos). Ocorreram alterações entre as diferentes zonas de intensidades em todos os momentos das variáveis fisiológicas ao decorrer do teste (p = 0.001), exceto o [La-] imediatamente após o teste (p = 0.899), com effect size (0.86, 0.86 e 0.60 respectivamente, p < 0.05). Nas variáveis cinemáticas houve diferença no tempo de recuperação (p = 0.003) flexão do cotovelo direito (p = 0.001), rotação interna do ombro direito (p = 0.001) e flexão do tronco (p = 0.001), com effect size (0.19, 0.31, 0.40 e 0.21 respectivamente, p < 0.05). Observou-se correlação moderada entre as mensurações da FC, VO2pico, LV1 e LV2 (r = 0.528 e 0.674, 0.62 e 0.67, p < 0.05) entre a classificação funcional respectivamente. Houve alterações cinemáticas no tempo de recuperação, flexão do cotovelo, rotação externa do ombro e flexão do tronco, assim como houve compensação de movimento nas variáveis angulares, pois houve diferença entre os momentos apenas em um lado dos membros superiores. A análise de um teste intermitente incremental em campo além de ser mais viável para o atleta (condiz com a situação mais próxima de um jogo), apresenta maior viabilidade quanto a uma prescrição de um treinamento individual conforme a legibilidade que o atleta apresenta e de acordo com as respostas fisiológicas e cinemáticas.