Currículo e construção de identidades nas escolas rurais do município de Boa Vista do Ramos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Dinelly, Vanusa Miranda
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/6366675401442978
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Educação
BR
UFAM
Programa de Pós-graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3190
Resumo: A presente dissertação aborda o currículo e a construção de identidades nas escolas rurais Presidente Tancredo Neves e Santa Ana do Massauari, localizadas no município de Boa Vista do Ramos, região do baixo Amazonas. Tem como objetivo central compreender e analisar de que modo o currículo contribui no processo de construção identitária dos alunos do 1° ao 5° ano do ensino fundamental. Inicialmente buscamos identificar as práticas culturais que constituem o fenômeno identitário dos alunos e das comunidades e conhecer as práticas e os conteúdos que compõem o currículo escolar. Para isso tivemos como posição teórico-metodológica a fenomenologia/hermenêutico-dialógica. O trabalho foi desenvolvido através de uma pesquisa etnográfica que utilizou como técnicas de coleta de dados, a observação participante, a entrevista semi-estruturada e análise de documentos. Os dados coletados receberam uma abordagem qualitativa. A partir do diálogo entre os objetivos traçados, os dados levantados e as teorias fundantes, chegamos às constatações de que: Nas escolas inexiste um currículo que tenha como base a cultura dos seus sujeitos. A prática de ensino demonstra resquícios da educação tradicional onde prevalecem aulas expositivas e monótonas, com conteúdos padronizados e compartimentalizados em disciplinas retirados do corpo dos livros didáticos e são transmitidos para os alunos sem uma reflexão crítica sobre eles. Dessa forma, a cultura da comunidade não tem espaço como conteúdo de aprendizagem, ela só visita a escola quando sua presença é vista como pertinente para ilustrar exemplos ou fazer comparações. Os professores não conhecem a dimensão social e cultural do currículo, assim, o mundo fica fora da escola e a escola fora do mundo. Com isso a escola, está ajudando a formar identidades de não pertencimento, pois não favorece aos alunos reflexões sobre si mesmo nem sobre sua comunidade, o que os enfraquece e os distanciam da sua cidadania.