Perfis protéicos, enzimáticos e miotoxicidade induzidos pelos venenos das arraias amazônicas Plesiotrygon iwamae Rosa, Castello & Thorson, 1987 e Potamotrygon motoro Müller & Henle, 1841 (Chondrichthyes Potamotrygonidae)
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas BR UFAM Programa de Pós-graduação em Imunologia Básica e Aplicada |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2622 |
Resumo: | Acidentes por arraias de água doce são caracterizados por dor intensa e alterações patológicas no local da lesão, que incluem edema, eritema e, na maioria dos casos, necrose. Nesta pesquisa, os extratos de muco e tecido do dorso e do ferrão das arraias Plesiotrygon iwamae e Potamotrygon motoro foram analisados por eletroforese em SDS-PAGE e por zimografia. A atividade miotóxica (local e sistêmica) induzida pelos extratos, em modelo murino, foi avaliada por histopatologia e a atividade da enzima fosfolipase A2 (hemólise indireta), em gel de agarose. O extrato do ferrão de P. motoro apresentou uma banda difusa de 10 kDa, várias entre 58 e 27 kDa e componentes proteolíticos acima de 58 kDa, enquanto que o extrato do dorso apresentou uma banda forte difusa com cerca de 41 kDa e um componente proteolítico de 6 kDa. Em P. iwamae, todas as amostras apresentaram uma banda intensa e difusa de 15 kDa e componentes proteolíticos de 6 e 40 kDa. As doses de 140 μg de proteína dos extratos de P. iwamae induziram hemólise indireta nos intervalos de tempo de 24 e 48 horas, porém, não formaram o halo de 10 mm de diâmetro (valor mínimo definido para a técnica), demonstrando uma fraca atividade de fosfolipase A2. Necrose coagulativa do tecido muscular, regeneração das fibras musculares e presença de infiltrados inflamatórios, incluindo neutrófilos, macrófagos, e um número reduzido de eosinófilos e linfócitos foram observados 24 horas após a injeção da dose de 400 μg dos extratos de muco do dorso e do ferrão das arraias P. motoro e P. iwamae no músculo gastrocnêmio dos camundongos. Tais resultados também foram observados, em menor volume, nos músculos gastrocnêmios das patas contralaterais, demonstrando que os extratos das duas espécies foram capazes de induzir a uma rabdomiólise sistêmica quando testados em camundongos BALB/c. |