Isolamento e caracterização de locos microssatélites e sua aplicação na identificação de estoque pesqueiro da piraíba - Brachyplatystoma filamentosum – Pimelodidae-Siluriformes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Brasil, Larissa melo das Neves
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/7128808124888856
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ciências Pesqueiras nos Trópicos
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5399
Resumo: Amazônicos. Sua distribuição abrange toda a bacia amazônica, desde os rios do Amapá até a cordilheira dos Andes, habitando tanto em água branca, preta e clara, como também em tributários e lagos de várzea e igapó. Até 2005 as informações a respeito desta espécie eram tratadas em comum com a Brachyplatystoma capapretum, que foi descrita com base em características osteológicas. Nesse contexto, faz-se necessário estudos sobre a biologia dessas espécies, sendo a genética a ciência promissora para elucidar questões como o ciclo biológico, distribuição exata no ambiente amazônico, variabilidade e estoque genético. Estudos genéticos utilizando sequencias de DNA mitocondrial contribuíram revelando que em média B. filamentosum é mais abundante que B. capapretum em rios de águas branca na bacia amazônica. O presente estudo se propôs, através de marcadores moleculares microssatélites, verificar se o e B. filamentosum apresenta estrutura populacional, podendo compor mais de que um estoque genético e se possui segregação genética e se está associada ao tipo de água onde ocorrem. Dezessete marcadores microssatélites foram isolados e caracterizados em 35 indivíduos de B. filamentosum oriundas da região de Belém – PA, Brasil. Foram obtidos 78 alelos, variando entre 1 a 15 alelos por loco, com uma média de 6,00. A heterozigosidade observada (Ho) e esperada (He) variou entre 0,100 à 0,875 (média 0,569) e 0,136 à 0,837 (média 0,558), respectivamente. A amplificação heteróloga resultou em 3 a 12 locos entre seis espécies do gênero Brachyplatystoma: B. capapretum (filhote capapreta), B. vaillantii (piramutaba), B. rousseauxii (dourada) B. platynemum (babão), B. tigrinum (dourada zebra) e B. juruense (flamengo). Os marcadores microssatélites obtidos irão contribuir para futuros estudos genéticos de populações naturais de B. filamentosum e estarão disponíveis para outras espécies do gênero Brachyplatystoma. Dez locos microssatélites foram utilizados para as análises de genética populacional de 178 indivíduos de B. filamentosum amostrados em seis regiões da bacia amazônica, representantes de três diferentes tipos de água. Foi obtido um total de 80 alelos, com uma média de 8 alelos, média das heterozigosidades observada de 0,548 e esperada de 0,598 por loco. Os resultados da AMOVA indicaram moderado fluxo gênico entre as localidades e valores significativos de FST. Não é possível aceitar a hipótese nula de panmixia, de um único estoque para a espécie, pois as análises, de forma geral, indicam estrutura entre algumas localidades, principalmente entre rio Araguaia com os rios rio Branco (FST = 0,113) e Negro (FST = 0,219). O rio Negro também apresentou o rio Madeira (FST =0,101). Os valores de Nm também foram abaixo de 4 entre essas localidades. Desta forma, sugere-se que B. filamentosum seja maneja considerando mais de que um estoque genético, principalmente no rio Negro, Araguaia e Branco. Todavia, não se pode afirmar que essa segregação esteja totalmente associada ao tipo de água.