Palestinos em Manaus: cultura e identidade através da primeira geração

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Guglielmini, Luiza Angélica Oliveira
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/9545652903913294, https://orcid.org/ 0000-0003-1961-3491
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Antropologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9281
Resumo: A presente tese focaliza o processo de inserção da primeira geração de palestinos em Manaus a partir do contexto socioeconômico e político dos anos 60 do século XX. A pesquisa de campo foi realizada entre os anos de 2014 e 2021 e discute as articulações entre os campos do trabalho, do parentesco e da cultura no processo de construção identitária desses imigrantes na cidade. Contudo, o estudo extrapolou as questões da etnicidade e trouxe à tona outros temas levantados pelos interlocutores, por exemplo, a Nakba e a diáspora palestina – elementos centrais no processo de afirmação étnica e do reconhecimento da Palestina como Estado-Nação. Tais questões incidiram no processo de ressignificação da etnicidade a partir da interconexão com outras dimensões da migração palestina em Manaus – a valorização do “ethos” do trabalho pelos pioneiros e a centralidade das redes familiares como elementos fundantes da comunidade. Constatou-se, portanto, uma contínua negociação de valores culturais enquanto forma de inserção no contexto manauara e de manter a comunidade unida em torno de outros valores inegociáveis, como é o caso da religião islâmica. Impactada pela pandemia de covid-19, com a perda, inclusive, de alguns pioneiros, fica a interrogação a respeito da forma como as gerações seguintes estarão ou não conectadas com o ideal diaspórico, propagado e defendido como bandeira política pela primeira geração.