A práxis docente e a experiência de liberdade de adolescentes que cumprem medida judicial de internação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Tavares, Enio de Souza
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/1129882824080083
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Educação
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7562
Resumo: Este trabalho versa sobre a práxis docente e sua contribuição para a experiência de liberdade de adolescentes que cumprem medida judicial de internação. Tomamos o conceito de liberdade a partir da visão de Michel, o qual a pressupõe em íntima relação com as estratégias de poder em suas dimensões disciplinar e no biopoder. Sendo a liberdade ampliada e conquistada por uma luta, um empenho de respeito a singularidade de cada um, sendo alcançada por meio do cuidado de si. O problema que orientou este trabalho foi o seguinte: Quais as vias que possibilitam uma práxis docente que implique positivamente na experiência de liberdade de adolescentes que cumprem medida judicial de internação? Diante de tal questionamento se delinearam os seguintes objetivos: Objetivo geral - Compreender as possibilidades de uma práxis docente que implique positivamente na experiência de liberdade de adolescentes que cumprem medida judicial de internação; e objetivos específicos a) compreender o cenário das medidas socioeducativas de internação a partir de suas possibilidades e limites para práxis libertárias, b) analisar as aplicações das práxis libertárias no contexto das medidas socioeducativas de internação. O estudo configurou como uma pesquisa teórica e documental, tendo a pesquisa documental utilizado o relatório do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate a Tortura do ano de 2017 e o Relatório do Conselho Nacional de Justiça denominado “Panorama nacional – a execução das medidas socioeducativas de internação, do ano de 2012. Por meio desses acessos foi verificado que em grande medida as instituições socioeducativas ainda reproduzem o caráter disciplinar de exercício do poder em todas as suas esferas, incluindo a sala de aula onde o professor atua, ao mesmo tempo em que apresenta brechas de possibilidades da emergência de práxis criadoras e revolucionárias, especialmente no que diz respeito à utilização do Plano Individual de Atendimento, instrumento que leva em consideração a singularidade do adolescente e convoca a família, o próprio adolescentes e os outros atores institucionais para um plano em comum, dimensionando o caráter sempre social da experiencia singular do sujeito da prática da liberdade. A práxis docente potente na construção de uma experiência de liberdade é a que se faz transgressora, somente uma práxis com essa natureza pode afirmar a liberdade, substanciada por um projeto de sociedade que se afasta do biopoder e possibilita espaços de criação de si.