Os efeitos da colonização no romance "Precisamos de novos nomes" (2014), de NoViolet Bulawayo
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Letras Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10455 |
Resumo: | Nesta pesquisa, apresentam-se os efeitos da colonização em um país vítima das relações de poder em múltiplos contextos, com arcabouço teórico a abordagem do pós-colonialismo. Realiza-se uma análise da obra Precisamos de novos nomes, de autoria de NoViolet Bulawayo, publicada em 2014. O romance se ambienta em um contexto pós-colonial, no país africano Zimbábue. O foco é a outremização sofrida pela protagonista Darling, de 10 anos, nascida no Zimbábue. Fundamenta-se a pesquisa em um levantamento bibliográfico acerca da teoria póscolonial e suas implicações. Além disso, discute-se a questão da diáspora e da identidade, já que o romance mostra a protagonista se mudando para os Estados Unidos. Reflete-se sobre a história e a sociedade a partir das perspectivas das vozes que foram silenciadas nos contextos pós-coloniais. Autores de referência, a exemplo de Ashcroft (1995, 2000), Bhabha (2013), Bonnici (2005, 2012), Fanon (2020) e Hall (2022, 2023), são considerados para embasar a análise, a fim de discutir questões como identidade, cultura de origem, resistência e diáspora no contexto pós-colonial. A pesquisa revela, através da narrativa de Darling, como um sujeito colonial é afetado por situações adversas vivenciadas em seu país de origem e, ao realizar o movimento diaspórico, enfrenta a dificuldade de conciliar sua identidade cultural em um novo espaço que não a recebe como um seu. Como sujeito diaspórico, Darling sente sua identidade deslocada e não consegue se ambientar, ou ser aceita no novo meio. Mostra-se que a narrativa de Noviolet Bulawayo amplia o entendimento acerca das narrativas que desafiam as estruturas de poder estabelecidas, conferindo voz aos sujeitos marginalizados e proporcionando uma reflexão crítica acerca do legado do colonialismo e suas implicações em um país colonizado como o Zimbábue. |