Os efeitos da colonização no romance "Precisamos de novos nomes" (2014), de NoViolet Bulawayo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Reis, Gabriela Gomes
Outros Autores: https://lattes.cnpq.br/0619734226863157, https://orcid.org/0000-0002-3042-4088
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Letras
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10455
Resumo: Nesta pesquisa, apresentam-se os efeitos da colonização em um país vítima das relações de poder em múltiplos contextos, com arcabouço teórico a abordagem do pós-colonialismo. Realiza-se uma análise da obra Precisamos de novos nomes, de autoria de NoViolet Bulawayo, publicada em 2014. O romance se ambienta em um contexto pós-colonial, no país africano Zimbábue. O foco é a outremização sofrida pela protagonista Darling, de 10 anos, nascida no Zimbábue. Fundamenta-se a pesquisa em um levantamento bibliográfico acerca da teoria póscolonial e suas implicações. Além disso, discute-se a questão da diáspora e da identidade, já que o romance mostra a protagonista se mudando para os Estados Unidos. Reflete-se sobre a história e a sociedade a partir das perspectivas das vozes que foram silenciadas nos contextos pós-coloniais. Autores de referência, a exemplo de Ashcroft (1995, 2000), Bhabha (2013), Bonnici (2005, 2012), Fanon (2020) e Hall (2022, 2023), são considerados para embasar a análise, a fim de discutir questões como identidade, cultura de origem, resistência e diáspora no contexto pós-colonial. A pesquisa revela, através da narrativa de Darling, como um sujeito colonial é afetado por situações adversas vivenciadas em seu país de origem e, ao realizar o movimento diaspórico, enfrenta a dificuldade de conciliar sua identidade cultural em um novo espaço que não a recebe como um seu. Como sujeito diaspórico, Darling sente sua identidade deslocada e não consegue se ambientar, ou ser aceita no novo meio. Mostra-se que a narrativa de Noviolet Bulawayo amplia o entendimento acerca das narrativas que desafiam as estruturas de poder estabelecidas, conferindo voz aos sujeitos marginalizados e proporcionando uma reflexão crítica acerca do legado do colonialismo e suas implicações em um país colonizado como o Zimbábue.